quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Escola Teológica Charles Spurgeon
Aula de Romanos
Prof. Luiz Correia

Slides do Power-Point

SANTIFICAÇÃO

ROMANOS 6

·         Paulo estava pintando um quadro do triunfo da graça sobre a pecaminosidade do homem
·         Os críticos da Justificação Pela Fé afirmariam: “Essa doutrina é nociva pois incentiva a frouxidão moral
·         Esta reação deve ser sempre esperada quando a Justificação pela Fé é pregada com clareza [Gl 2:16ss]

A Resposta de Paulo: A Justificação nos une a Cristo [Rm 6:1-14]

·         Deus não somente perdoa o pecado, mas também nos liberta do pecado.
·         A mesma graça que quer nos salvar da punição do pecado é a mesma que quer nos salvar da presença do pecado.
·         A justificação não é uma ficção legal, na qual o status do homem é mudado, enquanto o seu caráter permanece imutável.

Esboço de Romanos 6:1-14

·         Nós morremos para o pecado [v.2]
·         Morremos para o pecado através do batismo, que nos uniu em sua morte [v.3]
·         Participamos assim também de sua ressurreição [v.4-5]
·         Nosso velho eu foi crucificado [v.6-7] Gl 2:19-20]
·         A morte e a ressurreição de Cristo decisivos, Ele morreu uma vez por todas para o pecado, mas vive continuamente para Deus [8-10]
·         Somos aquilo que Cristo é, ou seja, estamos mortos para o pecado, mas vivos para Deus [v.11]
·         Já que fomos vivificados da morte devemos oferecer nossos membros como instrumentos de justiça [12-14]

União Com Cristo

·         Sentido Jurídico – Deus declarou o crente morto e ressuscitado, tendo assim a sua dívida paga e sua glória confirmada.
·         Sentido Batismal – O crente morreu e ressuscitou com Cristo simbolicamente no batismo.
·         Sentido Moral – O crente é chamado a morrer dia a dia para o pecado e viver para Deus.
·         Sentido Escatológico – O crente morrerá definitivamente para o pecado e será glorificado por Deus.

AULA DE ROMANOS 6

Escola Teológica Charles Spurgeon
Aula de Romanos
Prof. Luiz Correia
Apontamentos de Aula

ROMANOS 6

Paulo estava pintando um quadro onde a graça reina e triunfa sobre um quadro de culpabilidade universal [1:18-3:20]. Ao concentrar-se sobre essa graça maravilhosa oferece aos críticos combustível para se opor ao ensino da Justificação Pela Fé [veja Rm 3:8]. Então é hora de refutá-los. Este é o tema de Rm 6

Para os críticos a justificação pela fé torna inútil a prática de boas obras e, pior ainda, incentiva as pessoas a pecarem. Então “Vamos pecar cada vez mais a fim de dar a Deus a chance de perdoar mais e mais” [Rm 6:1]

A justificação pela fé não é uma mensagem perigosa e nociva? Se não é por obras que o homem é justificado isto não leva a frouxidão moral e uma vida sem frei e sem lei. Não incentiva ao pecado: pratiquemos o mal pois Deus é bom. [Mesma questão em Gl 2:16ss]. O nome disto é antinomismo [oposição a lei moral, ver Jd 4], pois descreve os que se colocam contra a lei moral e pensam que podem dispensá-la.

A resposta de Paulo é que a graça não só perdoa [judicial] mas ela liberta [santifica]. Nos une a Cristo [ver Slides 1-14]. Por meio da justificação [base] inicia-se um processo de santificação progressiva, de vitória do pecado [15-23], um novo processo de escravidão, não mas do pecado mas somos servos de Cristo.

Sempre que o evangelho da graça mediante a fé, ou seja, a salvação como uma dádiva de Deus, através de Cristo, sua morte, não por méritos humanos, mas apropriada pela fé somente é anunciado é natural uma reação por parte daqueles que ouvem de que tal evangelho é promotor de uma vida desregrada. O evangelho promove o pecado!  Inclusive eu creio que devemos esperar tal reação, pois esta reação legitima a pureza desta doutrina. Se nossa pregação não levantar tal crítica nossa pregação não é autentica.

É uma dúvida que pode ser gerada quando o evangelho é fielmente anunciado. Esta era a acusação dos judaizantes a doutrina da justificação da graça pela fé somente. Estes diziam que Paulo anunciava uma mensagem perigosa e destruidora, pois anunciava que o homem não é salvo pelas obras, mas por fé somente. Que tal ensinamento em vez de libertar o homem do pecado na verdade o encoraja. Cristo então passa a ser promotor do pecado.

De fato a pregação do Evangelho anuncia de forma tão extraordinária o perdão gratuito de Deus ao homem que é inevitável que venha tal dúvida. Pois essa graça é maravilhosa, pois Deus, em Cristo oferece perdão, paz ao coração culpado, purificação a consciência e a alma, reconciliação com Deus, restauração, glorificação, vida eterna, comunhão eterna tudo pela graça. Nenhum sistema religioso no mundo anuncia que a salvação se dar deste modo!

Então é possível que alguém possa ser exposto a esse evangelho maravilhoso venha a ser tentado a crer que esse Deus de amor, de misericordiosa não está preocupado com meus pecados, com minha ética, minha moralidade. Dirá os críticos: “O homem que foi levado a crer neste evangelho ele não terá nenhuma preocupação com a lei de Deus, pois ela não salva!”

É impossível pregar a mensagem do evangelho e não surgir tais questionamentos. Daí Rom 6.

Há quem então ensine ou mesma passe a viver um estilo de vida que, fundamentado no fato de que a salvação decorre tão somente pela fé e não por obras os dará um salvo conduto para viver uma vida de pecado, sem santidade, sem frutos, sem obras, pois afirmam – eu sou salvo pela graça e não por lei. Enfraquecem o senso de responsabilidade moral do homem, encoraja a transgressão da lei. Se Deus justifica pessoas más, de que vale ser bom?

Paulo como um excelente mestre-pregador sabedor de disto se antecipa a esse pensamento leviano de que alguns viverão uma vida pecaminosa, sem santidade, sem frei e sem lei, sem temor e sem princípios morais, pois, afirmariam: Sou salvo pela graça, não por obras da lei!

Resposta de Paulo:

1. A Justificação nos une a Cristo [Justificados em Cristo] [Rm 6:1-14]

Deus não somente perdoa o pecado, mas também nos liberta do pecado. A justificação não é uma ficção legal, na qual o status do homem é mudado, enquanto o seu caráter permanece imutável. Nossa justificação acontece quando somos ligados a Cristo pela fé e uma pessoa que foi unida a Cristo nunca mais será a mesma pessoa. Ela é transformada. Não somente a posição diante de Deus [de culpado para justificado] é mudada, é transformada, mas a pessoa é que é radicalmente transformada. É impossível uma vez unido a Cristo voltar para uma vida antiga e ter prazer no pecado, pecar a vontade, é impossível. Ele é uma nova criatura e começou uma nova vida.

A mesma graça que quer nos salvar da punição do pecado é a mesma que quer nos salvar da presença do pecado. A graça não nos leva para uma irresponsabilidade espiritual, não existe uma graça que pode lhe estimular a ser muito mal porque Deus é muito bom. Não existe uma graça que salva, mas não santifica! Mas o Cristo da Bíblia diz a mulher adultera: Nem eu tão pouco te condeno, vai e não peque mais.

Então não existe possibilidade nenhuma de alguém ser perdoado da culpa e não ser santificado. Pois não existe possibilidade nenhuma de Cristo ser ministro do pecado. Ele jamais estimulará um dos seus discípulos a viver uma vida no pecado! Ele é enfático – De maneira nenhuma...[Rm 6:2]

a. Nós morremos para o pecado [v.2]

Não indica insensibilidade ao pecado, mas fazer morrer os atos do corpo [8:13].

b. Morremos para o pecado através do batismo, que nos uniu em sua morte [v.3]

- O Batismo nas águas simboliza dramaticamente esta verdade, unido a Cristo.
- Não está ensinando regeneração batismal. O batismo não garante, ilustra uma realidade espiritual [I Co 1]

c. Participamos assim também de sua ressurreição [v.4-5]

- O nosso batismo foi uma espécie de funeral

d. Nosso velho eu foi crucificado [v.6-7] Gl 2:19-20]
e. A morte e a ressurreição de Cristo decisivos, Ele morreu uma vez por todas para o pecado, mas vive continuamente para Deus [8-10]
f. Somos aquilo que Cristo é, ou seja, estamos mortos para o pecado, mas vivos para Deus [v.11]

Temos que considerar o que de fato nós somos, a saber que estamos mortos, nossa velha vida terminou, a dívida paga e a lei satisfeita- não vamos mais querer coisa alguma com ela.

Ils. É como uma casada querendo viver como solteira. Ela pode viver? Sim, não é algo impossível. Mas é bom lembrar que ela não é. Olhe para a aliança do casamento, símbolo de sua nova vida com seu marido.
Pode um cristão querer viver como se ainda continuasse em seus pecados? Bem pode, pelo menos por um tempo, não é algo impossível. Mas ele deve lembrar quem ele é. É só recordar o batismo, símbolo de sua nova vida de união com Cristo e ele vai querer viver em conformidade com o compromisso.

g. Já que fomos vivificados da morte devemos oferecer nossos membros como instrumentos de justiça [12-14]

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A MULHER E A PREGAÇÃO DA PALAVRA!

Introdução:

Atualmente vemos cada vez mais mulheres sendo ordenadas pastoras [apóstolas]. Com o avanço cada vez maior do papel da mulher na sociedade de um modo geral, conquistando redutos que outrora era dos homens [ex. Dilma Russef presidenta] a mulher adentrou-se e entendeu que ela deveria ser pastora. A controvérsia gira em torno de duas posições que fundamenta os dois lados da questão:
Os igualitaristas afirmam que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; a subordinação feminina foi parte do castigo divino por causa da queda. Em Cristo, essa punição (e seus reflexos) é removida; assim as mulheres têm direitos iguais aos dos homens, um destes é ser pastora.
Os diferencialistas entendem que desde a criação [antes da queda]. Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. O homem e a mulher, com suas características e funções distintas, se completam. A diferença é funcional e não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro.
Defendo esta posição, por acha-la inteiramente fundamentada na Palavra, no entanto embora a mulher não venha a ser pastora isto não implica em que ela não seja pregadora. Sim como crente redimida e salva ela deve pregar [Mc 16:15]. Meu propósito é expor os campos de atuações legítimos em que a mulher cristã deveria atuar, e assim desafiá-la para o ministério da pregação que vai além do púlpito de uma igreja.  Onde [campo ministerial ou quem] deve a mulher pregar?

I.                   PREGUEM A PALAVRA AOS FILHOS [II Tm 3:4-5]

Creio que aqui estar um campo precioso onde às irmãs devem investir na pregação da Palavra, o lar, em especial os filhos. E como exemplo bíblico apresento-lhes a mãe de Timóteo, Eunice, bem como sua avó, Loide.

Timóteo teve uma influência maravilhosa de sua mãe. Foi criado em um lar temente a Deus. Sem dúvida nenhuma o lar é uma das maiores influência na nossa vida. Timóteo herdou de sua mãe algo precioso. Sua fé. Mas do que traços de personalidade, ele herdou algo que faria toda diferença em sua vida. A fé! Não herdamos a fé como herdamos traços genéticos. Como foi herdado?

Pelo Exemplo

A base para um ensino eficaz desta fé, é que eu devo conhecer e devo viver. Paulo fala de uma fé “sem fingimento”. Uma fé autêntica, uma fé sem hipocrisia. Este é um poderoso exemplo que uma mãe pode conceder ao seu filho. Essa fé já estava na terceira geração. Mesmo antes de conhecer a Cristo, elas eram mulheres judias piedosas, quando se converteram sua fé se tornou profunda e robusta. Foi enriquecida e completa pela revelação de Cristo em seus corações.

Não podemos querer que nossos filhos tenham algo que não exista em nós. Não podemos dar aquilo que não possuímos. A fé primeiramente tem que habitar no coração da mãe, para que ela seja capaz de implantar a fé em seus filhos.

Pelo Ensino

O ministério de Eunice era também o ministério da pregação. Ela ministrou a Palavra ao seu filho e isto desde pequeno. [II Tm 3:15].

“Timóteo foi criado de tal modo que pôde sugar a piedade junto com o leite materno” [Calvino]

Tudo isto com algo que seria em tese um fator contrário, ela tinha um esposo descrente. [At 16:1]. Ou seja, é possível, que mesmo diante de tal realidade ministrar, instruir e gerar um grande homem de Deus.

O Exemplo de Susana Wesley

Suzana foi mãe de John [15°] e Charles Wesley [18°], responsáveis por um grande avivamento na Inglaterra nos Sec. XVII. Suzana Wesley teve 19 filhos e levou a levou a sério o ministério de ser mãe. Ela entendia o compromisso da maternidade como a responsabilidade de educar e formar homens e mulheres de Deus. Era a responsável pela alfabetização e evangelização dos próprios filhos. Que ocorria sempre aos cinco anos com a leitura da Bíblia. Mas não era só. Susana preocupava-se em demasia com a felicidade e realização de seus filhos. Cada um deles tinha uma hora marcada para uma conversa em particular com a matriarca da família, onde ela lhes ouvia os problemas e alegrias da semana. É comovente ler o que João Wesley, vinte anos depois de sair da casa paterna disse à sua mãe: "Em muitas coisas a senhora tem intercedido por mim e tem prevalecido. Quem sabe se agora também, na intercessão para que eu renuncie inteiramente o mundo, terá bom êxito?...Sem dúvida será tão eficaz para corrigir o meu coração, como era então para formar o meu caráter."

Depois do espetacular salvamento de João do incêndio, sua mãe, profundamente convencida de que Deus tinha grandes planos para seu filho, resolveu firmemente criá-lo para servir e ser útil na obra de Cristo. Susana escreveu estas palavras nas suas meditações particulares: "Senhor, esforçar-me-ei mais definitivamente em prol desta criança, ao qual salvaste tão misericordiosamente. Procurarei transmitir-lhe fielmente ao coração os princípios da tua religião e virtude. Senhor, dá-me a graça necessária para fazer isso sincera e sabiamente, e abençoa os meus esforços com grande êxito!"

Na biografia sobre Susana Wesley comenta-se: “Quando nos perguntamos como vinte e quatro horas podiam conter todas as atividades normais que ela, uma frágil mulher de trinta anos, era capaz de realizar, a resposta pode ser achada nessas duas horas de retiro diário, quando ela obtinha de Deus, na quietude de seu quarto, paz, paciência e um valor incansável”.  Desde o ponto de vista puramente material, a história de Susana foi de uma miséria invulgar, privações e fracasso. Espiritualmente, em mudança, foi uma vida de riquezas verdadeiras, glória e vitória, pois ela nunca perdeu seus altos ideais nem sua fé sublime. Durante uma dura prova, ela foi ao seu quarto e escreveu: “Ainda que o homem nasça para o infortúnio, eu ainda creio que têm de ser raros os homens sobre a Terra, considerando todo o corso de sua vida, que não tenham recebido mais misericórdia do que aflições e muitos mais prazeres do que dor. Todos meus sofrimentos, pelo cuidado do Deus onipotente, cooperaram para promover meu bem espiritual e eterno… Gloria seja a ti, oh Senhor!”

S.T. Eis uma maravilhosa área da pregação da Palavra que as mulheres possuem. Mães invistam na educação espiritual de seus filhos. Leia a Bíblia com eles, ore com eles, reparta sua experiência com eles. No entanto há outro lugar...

II.                PREGUEM A PALAVRA AS MOÇAS [Tt 2:3-5]

Quero fazer 3 perguntas investigativas ao texto:

Quem deve ensinar?

É dado a Tito [pastor] a incumbência de ensinar as mais velhas sobre o comportamento adequado delas [3] as áreas são: [1] reverência, ou santidade, a postura de um sacerdote, ou seja “estar na presença de Deus” e que isto permeie sua vida. [2] Não caluniadoras, fofoqueiras [3] Temperantes. Então do negativo [o uso da palavra inadequadamente] para o uso edificante [v.4]. A boca deve ser para instruir, ensinar. A quem?

A quem deve ensinar e por quê?

As moças recém-casadas. Por quê? Veja que Paulo estava orientando pastoralmente a Tito sobre sua responsabilidade em lidar com vários tipos de pessoas dentro da comunidade [idosos, idosas, rapazes].
Quando ele chega especificamente as moças casadas acontece algo inusitado. Não é dado ao pastor o pastoreio direto sobre elas, é uma ação “terceirizada”, ou seja, Paulo orienta que Tito oriente as mulheres mais idosas a instruírem as mais novas. É óbvio, todo o pastor deve ter cuidado com a aproximação indevida as moças, especialmente um pastor solteiro. [No meu pastorado é aplico este princípio, fazendo aconselhamento as mulheres somente na presença de minha esposa.]

O que deve ensinar?

É dado as mulheres a incumbência de orientarem as mais jovens nas duas principais missão: [1] a amarem o marido e os filhos. A ordem aqui é importante [1] esposo primeiro [2] filhos depois. Além devem ser sensatas, honestas, boas donas de casa. [amar o lar] bondosas e sujeitas ao marido.

A mulher e a atividade profissional. Há dois perigos aqui. O primeiro é o ativismo [mulheres que trabalham] que leve a negligenciar o marido e os filhos. O segundo é a ociosidade [mulheres que não trabalham] que possa tornar a mulher desocupada e fofoqueira [I Tm 5:13, Tt 1:11]

Uma palavra para as senhoras: “Senhoras sejam exemplos para que possam ter autoridade para assim fazerem. As jovens precisam de exemplos e que vocês sejam!” Eis um ministério maravilhoso das mulheres [senhoras].

Uma palavra as mais novas: “Busquem as mais idosas, busquem as mais santas e tementes, aprendam com elas.” É profundamente lamentável que haja uma separação das gerações [eu sinto isto em nossa comunidade]. Há uma resistência entre as mais novas para com as mais velhas. Devemos quebrar esta barreira e fazer uma ponte entre as gerações.

S.T. Portanto preguem a palavras uma as outras, mas não somente isto, há outro espaço para a pregação da mulher...

III.             PREGUEM A PALAVRA AO MARIDO [incrédulo] [II Pe 3:1-4]

Embora o texto se aplique diretamente as mulheres casadas [com maridos incrédulos] os princípios são para todas as mulheres, inclusive as solteiras [ver 3-4].  Elas não devem “pregar” verbalmente, mas visivelmente [comunicação não-verbal]. Através da vida, do procedimento. Eu não creio que Pedro está se opondo a qualquer forma de explicação do Evangelho da parte da mulher para com seu marido. Visto que é impossível que apenas a vida, o procedimento seja suficiente para converter o pecador. Jesus era a própria palavra encarnada, foi perfeito, mas não deixou apenas seu exemplo de vida ausente de comunicação verbal do evangelho.

Assim entendo que Pedro não se opõe a pregação da mulher, o que se opõe seja a ansiedade ou insensatez da mulher que tentar impor sua fé “guela” abaixo. Esta atitude geralmente opressora ao invés de produzir bons resultados acaba é afastando mais e mais o homem do evangelho. Muitas mulheres cheias de boas intenções torna-se toca-fitas ambulantes. Em seus esforços de ganharem o marido para Cristo, mencionam Deus em cada sentença, e o marido não tem uma conversa normal com sua esposa. Ele ouve um sermão dela acerca de como Deus criou as vacas maravilhosas que tornaram possível o bife que está no prato do marido.

A mulher deve pregar principalmente com sua vida! Esta sua pregação ele verá. E assim ouvirá. A esposa conseguirá mais pelo comportamento do que simplesmente pela fala. Li de uma esposa: “Não contei ao meu marido que me converti. Quero primeiramente que ele note tal mudança em minha vida a tal ponto de perguntar: O que está acontecendo com você? Por que está diferente? Então, quando eu lhe disser, será compreensível”

E qual é o conteúdo deste meu sermão sem palavras?

Submissão - As mulheres devem “funcionalmente” se sujeitarem aos maridos. A título de organização, não como sinal de inferioridade ou mesmo fraqueza ou incapacidade.   Aqui o caso especifico é a submissão deve ser dada até mesmo ao um marido incrédulo. Obviamente essa submissão não é absoluta, mas condicionada, submissão absoluta somente a Deus. Esta estrutura mulher crente e marido descrente é uma relação que exige muita sabedoria, é por si só delicada [Ils. Irmã Isabel]. O costume da época é que as mulheres seguissem a religião do marido [que geralmente ocorre], não o contrário.

Honesto Comportamento [2:12]- É uma responsabilidade de todos os cristãos [aliás há uma crise de credibilidade no meio cristão evangélico devido a falta de um testemunho exemplar]. Esse honesto proceder é um forte testemunho de Deus no meio de nossa geração. Os “descrentes” nos observam. Somos pregadores ambulantes, mesmo calados. Somos sermões vivos, andando de um lado para o outro. Da mesma forma o marido, verá [observar atenta e reflexivamente]. “Minha esposa está diferente, não reclama, não murmura, não grita..., por que???” A marca maior deste comportamento é o temor, temor a Deus. É honesto [puro, limpo]. Este é a força do evangelho, o poder patente do evangelho que alcançou o coração da mulher e lhe transformou, a ponto de mesmo caladas, serem poderosamente eloquentes no seu testemunho.

Mansidão – Todos sabemos que a mulher é por natureza dada a beleza. Uma mulher descuidada é sinal de algum problema emocional. A beleza feminina é absolutamente normal [a noiva de Cristo]. O texto em nenhum momento argumenta contra a beleza feminina. A questão é que como a mulher é pecadora, essa ênfase natural da mulher pode ser invertida. A mulher pode preocupar-se excessivamente com a aparência em detrimento a vida interior. Então o que deve prioritariamente embelezar a mulher? [4] Seu traje mais belo é seu interior, seu vestido mais excelente é sua mansidão. É o intimo da pessoa, aquilo que ela é por dentro, isto é incorruptível [a beleza é corruptível 1:24],  a beleza é temporária, a beleza interior se aperfeiçoa e se adorna mais e mais com o tempo. Aqui fala da mansidão, que é uma confiança em Deus, uma mulher serena, tranquila e humilde. Que possui uma paz interior em relação ao Senhor. Isto sim tem valor!!! Sua fé vale mais que ouro e joias e beleza! E uma mulher temente seja ela quem for, é bela!

Conclusão:

Amadas irmãs, estejam cheias da Palavra e do Espírito Santo, que concede poder e então preguem a Palavra a seus filhos, preguem a palavra a moças e preguem a palavra aos maridos. Só? Claro que não! Preguem a palavra a toda criatura! [Mc 16:15]

O EVANGELHO QUE NOS GUARDA DE TROPEÇAR!

O EVANGELHO QUE NOS GUARDA DE TROPEÇAR!

Gl 3:1-5

Introdução

   Paulo está defendendo a doutrina da graça tão fundamental para a vida cristã. Até então ele usou argumentos doutrinários agora ele lança mão da própria experiência dos gálatas em sua vida cristã para sua defesa. É importante lembrar que a Igreja da Galácia via-se ameaçada pela presença dos judaizantes que estavam minando a fé dos gálatas ensinando que o homem não era justificado somente pela fé, mas também pela lei, era lei + fé, não fé somente. Aqui ele defende a JPF usando a maneira [o modus operandi] de Deus na atividade de salvar o pecador, ou seja, a experiência da conversão.

  Eles mesmos, os gálatas, foram testemunhas em sua própria vida como Deus operou neles e como o evangelhos e seus consequentes resultados se manifestou. Paulo então usa esta experiência para tentar corrigir a rota de desvio que eles estavam tomando ao serem levados para uma vida cristã fundamentada no legalismo [nas obras] como meio de justificação pela fé.

I. A AMEAÇA DO DESVIO

Há várias ameaças que podem causar terríveis prejuízos a caminhada cristã. A vida cristã tem vários inimigos e obstáculos e constantemente nos veremos frente a uma ameaça que tentará nos barrar de chegarmos até o fim. A questão da salvação pelas obras, é um dos obstáculos que antecedem a conversão é um inimigo constante e profundamente ameaçador em nosso carreira cristã. Paulo chama atenção aos gálatas deste perigo terrível falando sobre dois aspectos da natureza de legalismo.

- P. inicia com palavras fortes de exortação [não é insulto, mas um estado de perplexidade pastoral ou paternal] e segue com uma série de 5 perguntas retóricas e confrontadoras tendo como alvo eles perceberem a perigosa situação em que se encontram, pois estavam se desviando da fé cristã. É como P. estivesse num tribunal e questiona a incoerência dos descaminhos que eles estavam tomando. Ele aponta duas condições terríveis de eles estarem sendo seduzidos pelo legalismo se afastando da pregação da JPS.

a. O legalismo nos torna insensatos

Os gálatas estavam abandonando a confiança em Cristo, foram capitulados pela mensagem dos judaizantes e se estribando em sua própria justiça como meio de serem salvos e esta atitude os torna insensatos. É simplesmente um ato insano, absurdo, louco [v.1,3]. É irracional, é tolice, é loucura o que vejo que ocorre com vocês.
Há certa irracionalidade no desvio da fé cristã. Os que se afastam da fé cristã estão cometendo um ato de insensatez, de demência espiritual.

O que levou a esta irracionalidade ou loucura?

b. O legalismo nos fascina

Sempre há algo que atrai e seduz [o canto da sereia] tentando-nos na nossa caminhada cristã, fazendo nos desviar. Aqui no caso foi o legalismo. O legalismo exerce um poderoso fascínio sobre a natureza humana. Paulo fala em termo de “feitiço”, ele nubla a mente. Deixaram-se impressionar por ela, praticamente hipnotizar.

O homem fica fascinado com a ideia de ser capaz de produzir sua própria justificação, sente-se atraído pela a aparência da piedade e do zelo pelas tradições e regras religiosas, busca a aprovação e admiração dos homens [fariseus]. O legalismo impressiona as massas, o religiosíssimo é sedutor, pois apresenta ares de santidade. É apenas exterior, nada interior. Eis porque a justificação pela fé não parece ser muito atraente e a salvação pelas obras mais sedutora porque ela fascina, impressiona os outros.

Eles haviam crido inicialmente e aceito a JPF, mas com os ataques dos judaizantes se sentiram seduzidos e iniciou-se assim um processo de queda ou desvio da fé.

ARA Galatians 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho,

ARA Galatians 4:9 mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?

ARA Galatians 5:7 Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? 8 Esta persuasão não vem daquele que vos chama.

Eis um perigo ameaçador na vida cristã, manter-se firme na verdade do evangelho. É a compreensão constante da JPF aliada a mensagem do Evangelho que nos guarda, nos previne e nos faz ser protegidos contra o abandono e a deserção da fé.

Um dado interessante chamou atenção no último censo do IBGE, cresce cada dia o número de pessoas ditas evangélicas que afirmam serem crentes, mas que não possuem vínculos com nenhuma igreja. São o que Nicodemus chamou de “Desigrejados” ou “Evangélicos Genéricos” ou “Evangélicos não Praticantes.” O perfil destes é caracterizado por um ecletismo religioso e a meu ver uma completa ausência de compreensão do evangelho, de doutrina, de pastoreio. Os dados apontam que subiu de 4% para 14%, um salto de 4 milhões de pessoas o número destes tipos.

Largar bem, continuar bem, concluir bem!!! Eis o desafio da carreira cristã. E como fazer isto, como se manter firme, como não ser contado nas fileiras daqueles que um dia tiveram um grande amor, experimentaram a verdade do evangelho, foram envolvidos no ambiente da fé e se deixaram se perder em sua caminhada?

E o que ocorreu para que eles fossem fascinados pelo legalismo? O que os gálatas fizeram a correrem tamanho riscos espiritual?

II. A PREVENÇÃO AO DESVIO

Paulo fala de duas experiências vitais que devem ser consideradas e compreendidas para que estas nos previnam de quedas e desvios em nossa jornada cristã.

a. A contemplação da Cruz – A compreensão da Cruz

A perplexidade de Paulo diante do afastamento da fé e do desvio dos gálatas é porque, Paulo apresentaram Jesus Cristo crucificado aos seus olhos. Como podem vocês estarem se afastando da fé, uma vez que a vocês foi pregado a mensagem da cruz diante de seus olhos. Cristo foi exposto [desenhado, teatralizado, pintado].

Há cerca de cinco anos antes, a pregação de Paulo ocupou irresistivelmente o espaço de vida dos leitores da carta, eles foram arrebatados pela mensagem da cruz, essa mensagem foi confirmada por manifestações espirituais e frutos (v. 4,5). O evangelho evidenciou-se como poder e criou, do nada, nova existência, a saber, uma igreja de fé e júbilo (Gl 4.15). Um fato desses, afinal, não se esquece!

Mas eles foram seduzidos e levados a tirar os olhos da cruz e assim estavam se afastando.  Eis a maior necessidade de pregar e de se manter pregando Cristo crucificado [ceia do Senhor]

A mensagem da cruz é a verdade mais central da fé cristã [espinha dorsal]. Ela não é somente a mensagem que nos leva a conversão, que nos transforma e que nos livra da culpa e do inferno [legal], mas ela é também nos guarda, nos sustenta, nos mantém protegidos contra quedas e desvios.

 Note que não qualquer doutrina ou ensinamento [embora todos sejam importantes] o centro e o pilar de toda doutrina esta na mensagem da cruz. A essência do evangelho é Cristo crucificado. O tempo verbal crucificado aponta que a obra de Cristo fora realizada no passado, mas os benefícios são sempre atuais, válidos e disponíveis.

Assim não é qualquer aspecto sobre Cristo, não é Cristo na manjedoura, não é Cristo, o mestre, não é o Cristo, o operador de milagres, não é o Cristo, amigo, companheiro, nem tão pouco sua vida irrepreensível e correta, não a mensagem central é Cristo, crucificado.
Em 1Co 2.2 Paulo até afirma mais incisivamente: “Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (nvi).

Cristo crucificado é a essência do Evangelho, este não um bom conselho aos homens, não é um convite para se fazer alguma coisa, mas a declaração do que Deus já fez, não é uma exigência, mas uma oferta. [J.Stott]

Precisamos estarmos sempre ouvindo, olhando, apreciando a mensagem da cruz. Ela não é uma necessidade apenas do mundo caído, do incrédulo, mas do crente. E toda vez que deixamos de olhar e contemplarmos a cruz algo vai seduzir nosso coração, algo vai tomar nossa alma [poder, dinheiro, sexo].

Paulo enfatiza sempre o modo pelo qual Jesus morreu [Fp 2:8 “obediente até à morte e morte de cruz”.] Por que Paulo apresenta esse instrumento de execução. O peculiar numa execução dessas era seu grau máximo de vergonha e desprezo. A cruz tira a credibilidade. Por isso os transeuntes, conforme Mt 27.39-43, apenas podiam menear a cabeça: “Ele é o Rei de Israel, não é? Se descer agora mesmo da cruz, nós creremos nele!” (blh). Como uma mensagem de vergonha, desprezo pode ser uma palavra de salvação? Nada em nós seres humanos está predisposto para essa mensagem, naturalmente veremos ela como algo escandaloso [a mensagem da cruz é loucura]. Mas como podemos então contemplar a cruz e nela se gloriar como nosso único meio de salvação, perdão e reconciliação? Como? Somente por meio de uma intervenção do Espírito Santo, que revela Cristo, por meio de uma ação do Espirito.

b. A Obra do Espírito Santo

Paulo então expõe aspectos da pessoa e da obra do Espírito. É importante que examinemos e consideremos estes aspectos, visto que a Pessoa e a Obra do Espírito Santo têm sido notadamente enfatizadas em determinados círculos religiosos, e a meu ver o discernimento de tal ação atribuída ao Espírito nada tem a ver com a verdade do Evangelho:

1. Receber o Espirito Santo faz parte da descrição normal de como alguém se torna cristão [Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele - Rm 8.9b]. O início da vida cristã se dá mediante o habitar do Espírito. Não existe cabimento a doutrina pentecostal de que há uma necessidade de uma segunda benção [chamada de Batismo no Espírito Santo] que ocorre subsequente a conversão. Um aspecto natural e normal é que a conversão implica em receber o Espirito Santo.

O recebimento do Espirito Santo não vem mediante jejuns e orações em montes ou regras religiosas, pois o Espírito não dado por obras [v.2]

2. O recebimento do Espírito está combinado com a mensagem da cruz. A vinda, o recebimento [batismo] do Espirito Santo ocorre mediante a pregação do Evangelho. Deus honra com Seu Espirito e o enche de sua presença quando este ouve a pregação da fé. Ou seja, ouve o Evangelho e crê em Cristo como Senhor e Salvador. Espírito Santo simplesmente não pode abrir mão dessa ligação. E é a compreensão constante, a contemplação da cruz, do evangelho que catalisa o Espirito em minha vida!

A pessoa do Espirito Santo, sua ação e operação, sua atuação e seu poder, não decorre de gritos, jejuns, ele vem como resultado de pregação da Palavra da Cruz. O poder do Espírito Santo decorre da pregação da Cruz e não de manipulação. [Eu vou fazer uma oração para que você seja batizado no Espírito Santo...]

3. Recebimento do Espírito é uma experiência que passa ao nível da consciência. Constitui-se numa experiência no sentido pleno da palavra, ocupando, como outras experiências, de modo que ela pode ser recuperada de sua memória. Ao ser perguntado, o cristão fornece a informação.

Eis uma resposta às supostas experiências extática atribuída ao Espirito Santo, principalmente nos meios carismáticos. Como o “cair no Espírito” onde tal experiência implica em suspenção da mente tornando-a infértil
desnecessária. Jamais o Espírito opera nos arrebatando a razão ou a consciência [Carlinhos – cai mas não sei, ou foi mental ou diabólico] ou algo que está fora do controle mental ou racional do ser humano. Como rodopiar no Espírito, rir no Espirito, gritar no Espirito, dançar no Espirito... No meio Pentecostal a obra do Espirito é visto como algo irracional e descontrolado. Mas Paulo e a Palavra confronta essa visão, isto nada mais é do que paganismo! O Espirito Santo não usurpa minha mente, pelo contrário ilumina, enriquece, alarga. Ele não subtrai minha consciência.

4. O Espirito Santo por excelência não provoca ocultamento. Deus não se esconde ali. Ele busca a publicidade. Seu Espírito preenche corpo e alma, rompe para fora em palavras e ações. Por isso ninguém se torna um cristão sem percebê-lo e ninguém se torna cristão sem que torne e deseje e queira que todos saibam que ele o é.

Conclusão:

1. Não se separa Espírito da mensagem da Palavra.  O Espírito Santo opera mediante a Palavra [v.2,3], Ele é fiel a Palavra e não age sem ela ou contra ela, logo avivamento não é gritaria, não é show, avivamento decorre de um profundo interesse pela Palavra em decorrência de sua exposição. Em especial a mensagem da Cruz.

2. Devemos reconhecer em nossa caminhada o perigo real de sermos seduzidos e afastarmos do Evangelho, reconhecemos a presença dos inimigos da cruz que se levantaram para nos “enfeitiçar” a fim de não mantermos nos olhos na cruz.

3. A salvação é por graça, nada somente em nada, o homem mediante seu esforço e obras pode contribuir para ser salvo, ela é operada mediante a pregação da cruz e pela fé, nenhuma confiança no esforço humano é necessária para se obter a justificação.

O EVANGELHO QUE NOS GUARDA DE TROPEÇAR!

Gl 3:1-5

Introdução

   Paulo está defendendo a doutrina da graça tão fundamental para a vida cristã. Até então ele usou argumentos doutrinários agora ele lança mão da própria experiência dos gálatas em sua vida cristã para sua defesa. É importante lembrar que a Igreja da Galácia via-se ameaçada pela presença dos judaizantes que estavam minando a fé dos gálatas ensinando que o homem não era justificado somente pela fé, mas também pela lei, era lei + fé, não fé somente. Aqui ele defende a JPF usando a maneira [o modus operandi] de Deus na atividade de salvar o pecador, ou seja, a experiência da conversão.

  Eles mesmos, os gálatas, foram testemunhas em sua própria vida como Deus operou neles e como o evangelhos e seus consequentes resultados se manifestou. Paulo então usa esta experiência para tentar corrigir a rota de desvio que eles estavam tomando ao serem levados para uma vida cristã fundamentada no legalismo [nas obras] como meio de justificação pela fé.

I. A AMEAÇA DO DESVIO

Há várias ameaças que podem causar terríveis prejuízos a caminhada cristã. A vida cristã tem vários inimigos e obstáculos e constantemente nos veremos frente a uma ameaça que tentará nos barrar de chegarmos até o fim. A questão da salvação pelas obras, é um dos obstáculos que antecedem a conversão é um inimigo constante e profundamente ameaçador em nosso carreira cristã. Paulo chama atenção aos gálatas deste perigo terrível falando sobre dois aspectos da natureza de legalismo.

- P. inicia com palavras fortes de exortação [não é insulto, mas um estado de perplexidade pastoral ou paternal] e segue com uma série de 5 perguntas retóricas e confrontadoras tendo como alvo eles perceberem a perigosa situação em que se encontram, pois estavam se desviando da fé cristã. É como P. estivesse num tribunal e questiona a incoerência dos descaminhos que eles estavam tomando. Ele aponta duas condições terríveis de eles estarem sendo seduzidos pelo legalismo se afastando da pregação da JPS.

a. O legalismo nos torna insensatos

Os gálatas estavam abandonando a confiança em Cristo, foram capitulados pela mensagem dos judaizantes e se estribando em sua própria justiça como meio de serem salvos e esta atitude os torna insensatos. É simplesmente um ato insano, absurdo, louco [v.1,3]. É irracional, é tolice, é loucura o que vejo que ocorre com vocês.
Há certa irracionalidade no desvio da fé cristã. Os que se afastam da fé cristã estão cometendo um ato de insensatez, de demência espiritual.

O que levou a esta irracionalidade ou loucura?

b. O legalismo nos fascina

Sempre há algo que atrai e seduz [o canto da sereia] tentando-nos na nossa caminhada cristã, fazendo nos desviar. Aqui no caso foi o legalismo. O legalismo exerce um poderoso fascínio sobre a natureza humana. Paulo fala em termo de “feitiço”, ele nubla a mente. Deixaram-se impressionar por ela, praticamente hipnotizar.

O homem fica fascinado com a ideia de ser capaz de produzir sua própria justificação, sente-se atraído pela a aparência da piedade e do zelo pelas tradições e regras religiosas, busca a aprovação e admiração dos homens [fariseus]. O legalismo impressiona as massas, o religiosíssimo é sedutor, pois apresenta ares de santidade. É apenas exterior, nada interior. Eis porque a justificação pela fé não parece ser muito atraente e a salvação pelas obras mais sedutora porque ela fascina, impressiona os outros.

Eles haviam crido inicialmente e aceito a JPF, mas com os ataques dos judaizantes se sentiram seduzidos e iniciou-se assim um processo de queda ou desvio da fé.

ARA Galatians 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho,

ARA Galatians 4:9 mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?

ARA Galatians 5:7 Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? 8 Esta persuasão não vem daquele que vos chama.

Eis um perigo ameaçador na vida cristã, manter-se firme na verdade do evangelho. É a compreensão constante da JPF aliada a mensagem do Evangelho que nos guarda, nos previne e nos faz ser protegidos contra o abandono e a deserção da fé.

Um dado interessante chamou atenção no último censo do IBGE, cresce cada dia o número de pessoas ditas evangélicas que afirmam serem crentes, mas que não possuem vínculos com nenhuma igreja. São o que Nicodemus chamou de “Desigrejados” ou “Evangélicos Genéricos” ou “Evangélicos não Praticantes.” O perfil destes é caracterizado por um ecletismo religioso e a meu ver uma completa ausência de compreensão do evangelho, de doutrina, de pastoreio. Os dados apontam que subiu de 4% para 14%, um salto de 4 milhões de pessoas o número destes tipos.

Largar bem, continuar bem, concluir bem!!! Eis o desafio da carreira cristã. E como fazer isto, como se manter firme, como não ser contado nas fileiras daqueles que um dia tiveram um grande amor, experimentaram a verdade do evangelho, foram envolvidos no ambiente da fé e se deixaram se perder em sua caminhada?

E o que ocorreu para que eles fossem fascinados pelo legalismo? O que os gálatas fizeram a correrem tamanho riscos espiritual?

II. A PREVENÇÃO AO DESVIO

Paulo fala de duas experiências vitais que devem ser consideradas e compreendidas para que estas nos previnam de quedas e desvios em nossa jornada cristã.

a. A contemplação da Cruz – A compreensão da Cruz

A perplexidade de Paulo diante do afastamento da fé e do desvio dos gálatas é porque, Paulo apresentaram Jesus Cristo crucificado aos seus olhos. Como podem vocês estarem se afastando da fé, uma vez que a vocês foi pregado a mensagem da cruz diante de seus olhos. Cristo foi exposto [desenhado, teatralizado, pintado].

Há cerca de cinco anos antes, a pregação de Paulo ocupou irresistivelmente o espaço de vida dos leitores da carta, eles foram arrebatados pela mensagem da cruz, essa mensagem foi confirmada por manifestações espirituais e frutos (v. 4,5). O evangelho evidenciou-se como poder e criou, do nada, nova existência, a saber, uma igreja de fé e júbilo (Gl 4.15). Um fato desses, afinal, não se esquece!

Mas eles foram seduzidos e levados a tirar os olhos da cruz e assim estavam se afastando.  Eis a maior necessidade de pregar e de se manter pregando Cristo crucificado [ceia do Senhor]

A mensagem da cruz é a verdade mais central da fé cristã [espinha dorsal]. Ela não é somente a mensagem que nos leva a conversão, que nos transforma e que nos livra da culpa e do inferno [legal], mas ela é também nos guarda, nos sustenta, nos mantém protegidos contra quedas e desvios.

 Note que não qualquer doutrina ou ensinamento [embora todos sejam importantes] o centro e o pilar de toda doutrina esta na mensagem da cruz. A essência do evangelho é Cristo crucificado. O tempo verbal crucificado aponta que a obra de Cristo fora realizada no passado, mas os benefícios são sempre atuais, válidos e disponíveis.

Assim não é qualquer aspecto sobre Cristo, não é Cristo na manjedoura, não é Cristo, o mestre, não é o Cristo, o operador de milagres, não é o Cristo, amigo, companheiro, nem tão pouco sua vida irrepreensível e correta, não a mensagem central é Cristo, crucificado.
Em 1Co 2.2 Paulo até afirma mais incisivamente: “Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (nvi).

Cristo crucificado é a essência do Evangelho, este não um bom conselho aos homens, não é um convite para se fazer alguma coisa, mas a declaração do que Deus já fez, não é uma exigência, mas uma oferta. [J.Stott]

Precisamos estarmos sempre ouvindo, olhando, apreciando a mensagem da cruz. Ela não é uma necessidade apenas do mundo caído, do incrédulo, mas do crente. E toda vez que deixamos de olhar e contemplarmos a cruz algo vai seduzir nosso coração, algo vai tomar nossa alma [poder, dinheiro, sexo].

Paulo enfatiza sempre o modo pelo qual Jesus morreu [Fp 2:8 “obediente até à morte e morte de cruz”.] Por que Paulo apresenta esse instrumento de execução. O peculiar numa execução dessas era seu grau máximo de vergonha e desprezo. A cruz tira a credibilidade. Por isso os transeuntes, conforme Mt 27.39-43, apenas podiam menear a cabeça: “Ele é o Rei de Israel, não é? Se descer agora mesmo da cruz, nós creremos nele!” (blh). Como uma mensagem de vergonha, desprezo pode ser uma palavra de salvação? Nada em nós seres humanos está predisposto para essa mensagem, naturalmente veremos ela como algo escandaloso [a mensagem da cruz é loucura]. Mas como podemos então contemplar a cruz e nela se gloriar como nosso único meio de salvação, perdão e reconciliação? Como? Somente por meio de uma intervenção do Espírito Santo, que revela Cristo, por meio de uma ação do Espirito.

b. A Obra do Espírito Santo

Paulo então expõe aspectos da pessoa e da obra do Espírito. É importante que examinemos e consideremos estes aspectos, visto que a Pessoa e a Obra do Espírito Santo têm sido notadamente enfatizadas em determinados círculos religiosos, e a meu ver o discernimento de tal ação atribuída ao Espírito nada tem a ver com a verdade do Evangelho:

1. Receber o Espirito Santo faz parte da descrição normal de como alguém se torna cristão [Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele - Rm 8.9b]. O início da vida cristã se dá mediante o habitar do Espírito. Não existe cabimento a doutrina pentecostal de que há uma necessidade de uma segunda benção [chamada de Batismo no Espírito Santo] que ocorre subsequente a conversão. Um aspecto natural e normal é que a conversão implica em receber o Espirito Santo.

O recebimento do Espirito Santo não vem mediante jejuns e orações em montes ou regras religiosas, pois o Espírito não dado por obras [v.2]

2. O recebimento do Espírito está combinado com a mensagem da cruz. A vinda, o recebimento [batismo] do Espirito Santo ocorre mediante a pregação do Evangelho. Deus honra com Seu Espirito e o enche de sua presença quando este ouve a pregação da fé. Ou seja, ouve o Evangelho e crê em Cristo como Senhor e Salvador. Espírito Santo simplesmente não pode abrir mão dessa ligação. E é a compreensão constante, a contemplação da cruz, do evangelho que catalisa o Espirito em minha vida!

A pessoa do Espirito Santo, sua ação e operação, sua atuação e seu poder, não decorre de gritos, jejuns, ele vem como resultado de pregação da Palavra da Cruz. O poder do Espírito Santo decorre da pregação da Cruz e não de manipulação. [Eu vou fazer uma oração para que você seja batizado no Espírito Santo...]

3. Recebimento do Espírito é uma experiência que passa ao nível da consciência. Constitui-se numa experiência no sentido pleno da palavra, ocupando, como outras experiências, de modo que ela pode ser recuperada de sua memória. Ao ser perguntado, o cristão fornece a informação.

Eis uma resposta às supostas experiências extática atribuída ao Espirito Santo, principalmente nos meios carismáticos. Como o “cair no Espírito” onde tal experiência implica em suspenção da mente tornando-a infértil
desnecessária. Jamais o Espírito opera nos arrebatando a razão ou a consciência [Carlinhos – cai mas não sei, ou foi mental ou diabólico] ou algo que está fora do controle mental ou racional do ser humano. Como rodopiar no Espírito, rir no Espirito, gritar no Espirito, dançar no Espirito... No meio Pentecostal a obra do Espirito é visto como algo irracional e descontrolado. Mas Paulo e a Palavra confronta essa visão, isto nada mais é do que paganismo! O Espirito Santo não usurpa minha mente, pelo contrário ilumina, enriquece, alarga. Ele não subtrai minha consciência.

4. O Espirito Santo por excelência não provoca ocultamento. Deus não se esconde ali. Ele busca a publicidade. Seu Espírito preenche corpo e alma, rompe para fora em palavras e ações. Por isso ninguém se torna um cristão sem percebê-lo e ninguém se torna cristão sem que torne e deseje e queira que todos saibam que ele o é.

Conclusão:

1. Não se separa Espírito da mensagem da Palavra.  O Espírito Santo opera mediante a Palavra [v.2,3], Ele é fiel a Palavra e não age sem ela ou contra ela, logo avivamento não é gritaria, não é show, avivamento decorre de um profundo interesse pela Palavra em decorrência de sua exposição. Em especial a mensagem da Cruz.

2. Devemos reconhecer em nossa caminhada o perigo real de sermos seduzidos e afastarmos do Evangelho, reconhecemos a presença dos inimigos da cruz que se levantaram para nos “enfeitiçar” a fim de não mantermos nos olhos na cruz.

3. A salvação é por graça, nada somente em nada, o homem mediante seu esforço e obras pode contribuir para ser salvo, ela é operada mediante a pregação da cruz e pela fé, nenhuma confiança no esforço humano é necessária para se obter a justificação.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Escola Teológica Charles Spurgeon
Análise de Romanos
Prof. Luiz Correia – 2011.2

PLANO DA 5 e 6ª. AULA: 4-7 de Romanos

Rm 3:19-21 – O Papel da Lei -A palavra "aio" ou "tutor" (NVI) vem de uma palavra grega que quer dizer,  literalmente, "uma pessoa que conduz uma criança". Os aios na época de  Paulo foram servos responsáveis pela proteção dos filhos de seus    senhores, levando-os para a escola, corrigindo-os, etc. Não foram os professores, nem os pais, mas serviam para cuidar da criança. É claro que esta função foi temporária. Quando o filho chegou à maioridade, não estava mais sujeito ao aio. Em Gálatas, Paulo mostra que as pessoas que estavam sujeitas à lei de Moisés no passado não permanecem subordinadas a este "aio". Ele afirma que a lei cumpriu sua função temporária. Por isso, ela não tem o mesmo domínio depois da chegada da fé em Cristo.

Rm 3:21-31

A justificação não é o mesmo que perdão. Perdão é algo negativo, é a absolvição da penalidade ou dívida; justificação tem conotação positiva – é declarar que alguém justo e conceder o direito de desfrutar a comunhão com Deus. Perdão: Pode ir. Você está livre da pena que seu pecado merece. Justificação: Pode vir. Você é bem-vindo para desfrutar todo o meu amor e minha presença.

Justificação não é o mesmo que santificação.  Justificar é declarar ou considerar uma pessoa justa, e não torna-la justa. Para o catolicismo a justificação é o mesmo que santificação [justificação infundida]. Ela se inicia no batismo, onde se purifica o pecado recebe uma justiça nova que é infundida paulatinamente mediante obras.

1. A fonte da justificação: Deus e sua graça [v.24]. Deus toma a iniciativa do início ao fim. O Pai não relutava, antes ele planejou. O Filho não coagiu Pai. O Filho não foi coagido também. Ele se entregou voluntariamente, sob submissão do Pai. Graça é Deus amando, Deus se humilhando em nosso favor!

2. A base da justificação: Cristo e sua cruz. Sob que fundamento Deus justifica o ímpio, pois afinal Ele é justo. Como pode um Deus justo justificar um injusto sem comprometer sua justiça. [Pv 17:15] A resposta é a cruz! Sem cruz não há justificação. [v.25]. Paulo expressa a cruz em termos de:

[1] Redenção –Termo comercial emprestado dos mercados. No AT usado para compra de escravos para serem libertos [remissão]. A ideia é que o homem pecador é um escravo e que a cruz pagou o preço de sua libertação.

[2] Propiciação – Ato de aplacar a ira divina, ou tornar Deus propício. Parece ser indigno a Deus. Vem da tampa de ouro da arca da aliança que ficava no Santo dos Santos. No dia da Expiação, o sangue do sacrifício era salpicado sobre a tampa da arca [o propiciatório]. Jesus pelo seu sangue propiciou a reconciliação entre Deus e o pecador.

[3] Expiação – É o ato de lançar “fora de” nós o pecado. Nosso pecado desaparece. A conta é paga, o pecado é removido [Sl 103:12]

Por que a propiciação é necessária? Por causa da ira de Deus contra o pecado!
Quem é responsável pela propiciação? Não o homem, mas Deus. Nós não podemos, mas Deus o faz! [Jo 3:16]
Como se consegue a propiciação? Por meio da morte de Cristo em nosso lugar.

3. O meio da justificação: a fé [v.22,25,26] – Sola fide! Fé não é mérito humano [salvação é monérgica!]. Salvação não é um empreendimento cooperativo do homem com Deus, onde ela entra com a cruz e eu com a fé. O valor da fé não reside nela, mas no objeto dela, Cristo. A fé é a resposta, a mão que recebe! Portanto a salvação não é pelas obras. A justificação pela fé é a espinha dorsal do cristianismo e a antítese de toda forma de auto-salvação. É o que diferencia o cristianismo de todas outras religiões. Fé envolve Conhecimento + Convicção + Confiança


Capítulo 4:

3:37 – Transição, indicando que o AT é um suporte a justificação pela fé, e o 4 [Abraão e Davi] ilustram esta verdade. Como temos visto esta doutrina não é em si mesma nova, ela foi preconizada no AT [1:2, 3:21].
O capítulo 4 é um exemplo que ilustra bem a doutrina da justificação pela fé.

Abraão –

1 a 5 - Abrão não tem o que se gloriar, pois não foi justificado por obras... A Escritura [unidade] revelam isto [v.3]. O termo imputar [creditar], do contexto financeiro ou comercial , significa colocar alguma coisa na conta de alguém [Fm 18]. Existem duas maneira de se creditar dinheiro na conta, como salário ou como presente. Duas formas incompatíveis [ils. Medalha/Presente – Graça e Misericórdia] [v.4-5]. Salário é um direito, uma obrigação [Rm 6:23]. Credita-se a fé como justiça, não como recompensa, antes como uma dádiva gratuita, não como um salário. Creditar a fé como justiça é uma decisão livre e imerecida da graça divina. A fé é meio pelo qual somos declarados justo, não o substituto da justiça.

6 a 8 – O mesmo pode ser falado sobre Davi e o perdão. Ele não apenas credita [cobra] os pecados, ele perdoa e os cobre. Ele não leva em conta os nossos pecados contra nós. [Fulano está pagando seus pecados???]

9-12 – Ele foi justificado antes ou depois da circuncisão? Será que ele foi circuncidado e assim foi justificado [rabinos]? Não, a fé veio antes da justificação!. A fé e a circuncisão estão separadas, mas há um vínculo, a circuncisão é um sinal da justificação. [v.11] [Semelhante ao batismo, como sinal visível]

17- 22 – A fé não é oposto a razão, nem sinônimo de crendice ou superstição, ela vai além mais não é irracional, ela tem base racional. O objeto da fé Deus e seu caráter: seu poder de criar e em ressuscitar mortos.
[v.18] Fé de crer em ter descendentes numerosos embora na época não tivesse um sequer.
[v.19] Fé que enfrenta o fato de que ele já era velho e sua mulher estéril. Fatos dolorosos e inflexíveis.
Sua fé foi provada e aprovada em Gn 22 na ordem divina de sacrificar Isaque [Hb 11:17ss]

Romanos 5

Depois de falar sobre a necessidade da justificação [1:18-3:20] e do meio pelo qual fomos justificados [3:21-4:25], agora ele descreve os frutos da justificação [bem-aventuradas consequências de P.]

1-2 – Slides [A graça nos traz paz, mas...não significa ausência de sofrimento]
3-4 – Somos povo de Deus, temos paz, reconciliados, mas sofremos. O sofrimento do justificado. Devemos nos gloriar no sofrimento, não pelo sofrimento em si, mas a graça regula. O sofrimento para alguns é motivo de “raiva”, para outros é uma escola que possibilita crescimento. Quais as bênçãos advindas do sofrimento cristão? [Slide]. Experiência [aprovação, maturidade] e esperança [você olha para trás e vê Deus cuidar de você]
Não devemos tão somente “suportá-las” estoicamente [friamente], mas nos regozijar nelas. Não um masoquismo, é entender que há um proposito de Deus. Não glória sem cruz!
5-8 [Slides] – Nas horas mais difíceis da vida [sofrimento] podemos achar que Deus não nos ama. Aqui vemos P. falando da obra do Espírito durante a nossa vida, vem a tribulação, mas vem sobre o eleito o amor derramado pelo Espírito que diante das maiores angustia, este amor nos protege e nos sustenta não permitindo que a tribulação nos destrua, nos amargue! Os efeitos do sofrimento serão revelados diferentemente na vida do crente e do não crente, por causa do poder do Espirito Santo.

Dar a vida por um justo/bom é algo difícil [valores éticos e bondade e doçura]. Eis o contraste que Paulo faz para dar destaque ao amor de Deus. Eis um exemplo inimaginável – Cristo! A última mentira que vc pode pensar quando vc passa por tribulação é que ele não está o amando. Ele deu sua vida quando nós não valíamos nada! Deus nos guardou e nos amou antes de tudo e sendo nós seus inimigos.

5-11 – Slides

12-21- Todos pecaram como Adão – é a raiz do pelagianismo [Pelágio, monge britânico do V sec.] que negou o pecado original e ensinou a auto-salvação. Este foi enfrentado por Agostinho. Para Pelágio, Adão foi o primeiro pecador e desde então todos acabaram o imitando, o seu mau exemplo. Paulo não afirmou isto.
Todos pecaram em e através de Adão, logo todos morrem...É teologicamente difícil, mas é isto que Paulo afirma. Adão é o cabeça federal/seminal.

Este conceito parece ser estranho a nossa cultura individualista, mas para os asiáticos e africanos não, pois eles vivem dentro deste conceito de solidariedade da raça, da tribo...[Acã ilustra esse conceito [Js 7:1,11], Cristo na cruz, não foi simplesmente Judas, Pilatos, mas nós o crucificamos [Is 53, Hb 6:6]

Slides – Adão e Cristo – Assim como somos condenados em virtude do que Adão fez, assim somos justificados por causa do que Cristo fez.