quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O EVANGELHO DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ [Parte I]

Gl 2:15-21

Introdução:

Aqui aparece uma palavra importante: “justificado” [4x no v.16-17]. Esse termo é central no evangelho e essencial na fé cristã. A compreensão da fé cristã e sua vivência passa inevitavelmente pelo entendimento desta doutrina [embutida na palavra]. Aqui está uma apresentação, uma exposição magistral, poderosa e belíssima desta importante verdade. A essência do evangelho se encontra jaz nesta verdade: Homens e mulheres podem ser aceitos por Deus, não por causa de suas obras, mas através de um simples ato de confiança em Jesus Cristo.

O monge agostiniano Martinho Lutero, depois de buscar, sob o forte peso da culpa, a sua justificação pelas obras, viu “as portas do paraíso se abrirem” ao ler a carta de Paulo aos Romanos [1:17] e achar essa verdade. Ele declara: “Esta é a verdade do evangelho. É também o artigo principal de toda doutrina cristã, em que consiste o conhecimento de toda piedade. Portanto, é mais do que necessário que conheçamos bem este artigo, que ensinemos aos outros e que martelemos em suas mentes” E acrescenta: “Se o artigo da justificação for alguma vez perdido, então toda a verdadeira doutrina ficará perdida”. Esta doutrina é a espinha dorsal do cristianismo, estabelece a glória de Cristo, derrota a vã glória humana. Quem a nega não pode ser considerado cristão verdadeiro.  Se é assim então cabe-nos debruçarmos sobre ela para que a entendamos.

Justificação é um termo legal ou forense, emprestado dos tribunais. É o oposto de condenação. Condenar é declarar uma pessoa culpada, justificar é declarar sem culpa, inocente, justa. Assim justificação é o ato imerecido do favor divino através do qual Ele coloca diante de si o pecador, não apenas perdoando-o ou isentando-o da culpa, mas também aceitando-o e tratando-o como justo.

A necessidade da justificação vem de dois fatos incontestáveis: Deus é justo, nós não somos. E quando esta duas verdades são colocadas lado a lado, emerge a nossa difícil situação que é tanto testemunhado por nossa consciência e revelado pela nossa experiência: Há algo de errado entre nós e Deus. Em vez de harmonia, há atrito, em vez de comunhão, alienação e inimizade. Por causa destas duas verdades tem-se um abismo entre ambos, não podemos ter sua presença, não podemos ter sua comunhão.

Então surge uma questão fundamental: “Como pode um pecador condenado ser justificado?”. Este parágrafo contém a resposta. Baseado na exposição de Paulo desta doutrina apresento-lhes algumas características da justificação.

I. A JUSTIFICAÇÃO É NECESSIDADE UNIVERSAL [15-16]

Paulo faz uma afirmação categórica nos v.15-16. Tanto judeus, com todas suas vantagens, com nação eleita, com sua presunção por se sentirem superiores aos gentios por possuírem a lei [Rm 2:17, Fp 3:5], e por isso chamavam os gentios de pecadores por não tê-la e nem guarda-la. Mesmo diante de tudo isto, a verdade é clara, o judeu ou homem algum não é justificado pelas obras da lei. Não há distinção entre os judeus ou gentios no processo de justificação, pois ambos são pecadores.

As palavras “o homem” e “ninguém” [toda a carne, humanidade] deixa claro que a justificação é o único meio qual qualquer homem pode ser aceito diante de Deus. Em outras palavras ninguém, absolutamente ninguém pode, foi ou será justificado pelas obras da lei. A justificação é o único meio real para o homem ser aceito e reconciliado com Deus.

II. A JUSTIFICAÇÃO NÃO ADMITE COMPETIÇÃO PELAS OBRAS

Paulo fala de obras da lei, ou seja, atos praticados em obediência a ela. Os judeus criam que podiam ser justificados por meio da lei [sem Cristo] e os judaizantes afirmam que a fé em Cristo mais obras também. Para os judeus eles criam que a justificação vinha por meio do trabalho duro, era preciso obedecer e guardar os mandamentos [10 em especial]. Devia-se guardar as leis cerimoniais, ou seja, ser religioso [sacrificar, dar esmolas, jejuar, ler as escrituras, dizimar, ir ao templo]. Eles criam que a obras da lei os tornavam justificados diante de Deus. [Rm 10:3]

Queridos esta tem sido a religião comum e do senso comum do homem, é a religião popular, do povo, da massa, das ruas e multidões. Em todo o lugar e cultura pensa-se e age-se assim.

Ils. Minha viagem de Petrolina para Casa Nova, encontrei sr. Humberto, um agricultor... Um dia um homem falou de uma visões...

Todo sistema religioso no mundo [exceto o cristianismo] ensina isto, você deve fazer por onde ser salvo. Faça este teste: Se você morrer hoje você vai para onde? E se na porta do céu for perguntado por que devo deixar você entrar? A reposta comum da primeira é:  “não sei só Deus sabe” e da segunda é “eu fui um bom... eu não matei, eu não roubei, eu não fiz mal a ninguém,  eu era honesto...”

Você sabe qual é a razão fundamental para que o homem afirme e apresente suas obras como meio de salvação ou justificação, porque isto lhe dá glória, isto mostra seu enorme valor, isto lhe enche de importância, é lisonjeiro. Não, diz tal homem, eu não sou tão mal quanto você pensa que eu sou, é verdade que eu tenho uns errinhos aqui e acolá, que eu não sou perfeito, mas se eu melhorar um pouquinho mais, eu tenho certeza que Deus haverá de me justificar.

Ele crê sinceramente que sua salvação é uma troca, um conjunto de pontos que ele vai conseguindo ao longo de sua vida [espiritismo] e que no final Deus vai colocar minhas obras na balança e meus pecados do outro lado e.... Pronto serei salvo! Essa é a maneira comum que o homem comum tenta abrir o caminho para chegar ao céu.

Mas tudo é ilusão, e uma terrível ilusão. É mentira do maior mentiroso [Jo 8:44]. Nunca, ninguém jamais foi justificado por obras, pois nunca ninguém jamais conseguiu obedecer a lei de maneira perfeita. É como se Deus fizesse um vestibular para chegar ao céu você tem que tirar 10 e “Todos pecaram...”  “Não há um justo...”.

Não é possível ninguém tirar 10. Obedecer as exigências da lei está fora do nosso alcance, podemos até alcançar algum tipo de obediência externa [legalista], mas internamente sabemos [e nossa consciência é carrasca para nos alertar] que não cumprimos a lei perfeitamente. Pois Jesus falou que a obediência da lei vai além da letra, mas das motivações internas. Para Deus homicida não é apenas um assassino, mas um homem que se ira e odeia, ou um adúltero não é apenas um que vai a cama com outro, mas um que cobiça e deseja. O homem portanto está perdido! Assim sendo homem nenhum será justificado por obras da lei.

III. A JUSTIFICAÇÃO É FUNDAMENTADA NA MORTE DE CRISTO

Sob que base se dá a justificação? Por que Deus justifica o pecador sem que ele vá contra sua justiça, ou seja, é justa a justificação pela fé? É por causa da cruz!

1. Os pecados dos crentes foram imputados a Cristo - por isto Ele sofreu e morreu na cruz (1 Pd 2:24; II. Co 5:21). Cristo foi feito legalmente responsável pelos pecados do crente, e sofreu o justo castigo que a este correspondia. Ao morrer no lugar do crente, Cristo satisfez as demandas da justiça e o libertou para sempre de toda possibilidade de condenação ou castigo. Ele sofreu pela nossa desobediência. Uma vez que a penalidade pela desobediência é a morte, ele a sofreu.

 Quando os pecados do crente foram imputados a Cristo, o ato de imputação não fez a Cristo pecador ou contaminou Sua natureza tampouco, de modo algum afetou Seu caráter; este ato só tornou Cristo o responsável legal de tais pecados. A imputação não troca a natureza de nada; somente afeta a posição legal da pessoa.

2. Jesus Cristo viveu uma vida perfeita - guardou completamente a lei de Deus [tirou 10]. A justiça pessoal que Cristo obteve durante Sua vida na terra é imputada ao pecador no momento em que este crê. A justiça de Cristo é outorgada ao crente; e Deus o vê como se ele mesmo houvesse feito todo o bem que Cristo fez. A obediência de Cristo, Seus méritos, Sua justiça pessoal é imputada (atribuída) ao crente. Isto de modo algum troca a natureza do crente (como também a imputação de pecados a Cristo não muda a Sua natureza); somente muda a posição legal do crente diante de Deus.

IV. A JUSTIFICAÇÃO É MEDIADA PELA FÉ SOMENTE

Então o único meio pelo qual eu posso ser justificado é pela fé em Jesus, e aqui não se trata de mera convicção intelectual, não é apenar uma crença religiosa, mas é um compromisso pessoal. Crer trata-se de um ato de entrega, não apenas de uma aceitação de um fato do tipo eu sei que Jesus morreu, mas de um ato existencial, de entrega e confiança plena [Ils. Carrinho de mão]. Permita recorrer ao Príncipe dos Pregadores para ajudá-lo a entender a essencialidade da fé bem como sua natureza: 

 A fé verdadeira em sua essência reside nisso — descansar em Cristo. Saber que Cristo é o Salvador não me salva; confiar nele como meu Salvador é que vai me salvar. Não serei poupado na ira vindoura por crer que sua expiação é suficiente; mas serei salvo tornando essa expiação a minha garantia, meu refúgio, meu tudo. O cerne, a essência da fé está nisso — fundamentar-se sobre a promessa. Não é a bóia salva-vidas que há no navio que salva alguém que está-se afogando, nem a convicção de que ela é uma invenção muito boa e prática. Não! E preciso colocá-la em volta da cintura, ou segurá-la com as mãos, ou afogaremos. Usando uma ilustração antiga e bem conhecida: imagine que começou um incêndio num quarto do segundo andar de uma casa, e as pessoas se aglomeram na rua. Há uma criança neste andar: como escapará? Ela não pode pular, porque se faria em pedaços. Um homem forte vem para frente da casa e grita: "Jogue-se nos meus braços." Faz parte da fé saber que o homem está ali; outra parte da fé é crer que o homem é forte; mas a essência da fé reside em deixar-se cair nos braços do homem. Essa é a prova da fé e sua verdadeira essência e medula. Portanto, pecador, você precisa saber que Cristo morreu pelos pecados; precisa compreender também, e crer que Cristo é capaz de te salvar, mas você não será salvo exceto se colocar sua confiança nEle para ser seu Salvador para sempre.

Conclusão:

Só há um caminho para o céu, existem milhões de caminho para o inferno. O que você tem que fazer para ir para o inferno. Nada! Apenas não faça nada, só isso. Você não tem que desdenhar de Deus, você não quer blasfemar o nome dEle. Você não tem que ser adúltero. Apenas cruze os braços! Pois o maior pecado do mundo não é o adultério, o maior pecado do mundo é: “Eu posso ajeitar minha vida sem Deus”. Este é o maior erro. [Leonard Ravenhill]

terça-feira, 30 de agosto de 2011

4ª. AULA DE ROMANOS [SLIDES]

Romanos contra o homossexualismo [Romanos 1.26-27]

          O homossexualismo é uma consequência drástica de um processo de degradação e afastamento da verdade
          O homossexualismo não é natural.
          O homossexualismo é o castigo por uma conduta inadequada.

O pecado do judeu legalista e a universalidade da depravação [Rm 2-3:20]

Como entender esta expressão?

          “Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.” (Romanos 2:5-8 RA)
          A prática das boas obras leva à salvação?
          Hipoteticamente, é possível ser salvo pelas obras?
          Obras seriam sinônimo de fé?
          As obras seriam uma expressão visível daquele que já tem fé?
          As obras são uma expressão visível da fé.
          A expressão “retribuirá cada uma conforme o seu procedimento” não pode ser entendida do ponto de vista legalista
          No legalismo a salvação é alcançada por mérito próprio, pelas obras.
          No cristianismo, as obras são o resultado natural dos que alcançaram a graça de Deus pela fé (Mateus 7.21; João 14.21, 23-24).

Como os gentios serão julgados se não receberam a verdade pela lei? [Romanos 2.12-16]

          Serão julgados pela verdade revelada sem lei em seu interior.
          Só os que praticarem a lei serão justificados. Uma afirmação hipotética. [v.13]
          Deus gravou sua verdade no coração de todos os homens.

Como os judeus que receberam a lei e a aliança podem ser condenados? [Romanos 2.17-29]

          Receber a lei por tradição e influência cultural não é suficiente. É necessário cumprir a lei.
          Uma obediência superficial da lei não é suficiente. É necessário obedecer à lei de coração.

A vocação dos judeus e o legalismo do judaísmo [Romanos 2.17-29]

          Paulo enumera uma série de títulos e funções dos judeus.
          Como os judeus buscavam uma salvação pelo cumprimento da lei, eles estavam longe daquele ideal.
          Considerando o real rigor da lei, todos são transgressores.
          A confiança judaica no cumprimento da lei não se sustenta na circuncisão exterior. [25-29]

A universalidade da depravação e a justiça que procede de Deus [Rm 3:1-20]

A vantagem do judeu [Romanos 3.1-8]

          Os judeus receberam os oráculos de Deus  (9.4-5)
          Quando Deus e o homem são comparados, ressalta-se a justiça de Deus e o pecado do homem.
          O judeu não tem nenhuma vantagem em relação a sua condição de pecador.
          Há e não há vantagem por parte do judeu!

Todos somos pecadores

          Os depravados gentios são culpados! [1:18-32]
          Os  hipócritas moralistas são culpados! [2:1-16]
          Os arrogantes judeus são culpados! [2:17-3:8]

A lei possui um papel importante [Rm 3:19-20]

*      “Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.”  (Rom. 3:20)
*      “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo.”  (Gál. 3:24)

A justiça manifesta nos eventos do Evangelho [Romanos 3.21-26]

          Esta passagem pode ser considerada o centro da seção (3.21-5.21).
          A passagem possui um tom solene e sua construção esclarece como o evangelho soluciona o problema indissolúvel do pecado do homem.
          O ato de revelação da justiça e da ira se realizou na História do Evangelho.
          “Propiciação” deve ser entendida como sacrifício propiciatório.
          Deus demonstra sua justiça na harmonia que há em seu perdão providenciado pela obra de Cristo.
          A propiciação deve ser entendida como o ato de aplacar a ira de um justo e santo pelos meios que o próprio Deus providenciou para salvar.
          A fonte de nossa Justificação: Deus e sua graça
          A base de nossa Justificação: Cristo e sua Cruz [Redenção e Propiciação]
          O meio de nossa Justificação: A fé [somente]

A TOLERÂNCIA DE DEUS [Rm 3:25-26, At 17:30]

Ninguém pode se gloriar diante de Deus [Romanos 3.27-31]

          A justificação pela fé destrói a vanglória! [v.27]
          A justificação pela fé destrói barreiras raciais! [v.29]
          A justificação pela fé confirma a lei! [v.31]
Escola Teológica Charles Spurgeon
Análise de Romanos
Prof. Luiz Correia – 2011.2

PLANO DA 4ª. AULA: ROMANOS 2-3



ROMANOS CONTRA O HOMOSSEXUALISMO [Rm 1:26-27]

CAPÍTULO 2

COMO FUNCIONA O JUÍZO DE DEUS [1-11]

Será que P. perdeu o juízo? A salvação é pela fé [1:16] ou por obras. A salvação é pela fé, o julgamento pelas obras. No julgamento público é a presença da fé salvadora será evidenciada pela manifestação de obras. A fé salvadora resulta invariavelmente em boas obras.

COMO SERÃO JULGADOS OS QUE NÃO RECEBERAM A VERDADE PELA LEI?

O julgamento será justo [6-8] e imparcial [9-11]. Embora não possuam a lei [com os judeus], possuem conhecimento moral [lei gravadas no coração, 15] e pecado por sua desobediência, portanto culpa e julgamento. [v.12]. Verso 13 é hipotético, veja Rm 3:20. Assim os gentios embora não possuam a lei em suas mãos, possuem em seus corações, pois Deus as colocou e é sob esta base que Deus julgará os gentios.

COMO SERÃO JULGADOS OS QUE RECEBERAM A VERDADE PELA LEI?

P. usa 8 expressões para descrever os judeus e sua presunção. [1] judeus [povo escolhido] [2] apoia na lei [só possuem, ouvem, mas não obedecem] [3] orgulha-se em Deus [monoteístas][4] conhece a vontade de Deus [5]aprova o que é superior [6]  instruído pela lei [7] convencido de sua competência [8] tem na lei a expressão do conhecimento e da vontade.

Mas então P. vira a mesa! Vocês não vivem de acordo com o conhecimento que possuem. Não praticam aquilo que pregam. Faz 4 perguntas retóricas para chamar a atenção tamanha hipocrisia!

Circuncisão [25-29]

Circuncisão era um sinal externo de uma aliança, não um passe de mágica [batismo], não era é seguro contra a ira de Deus, não substituía a obediência. Mas os judeus tinha ‘ “circuncisão” como um amuleto, um fetiche [crucifixo]. “Um homem circuncidado não vai para o inferno” [ver At 15:1]. A verdadeira circuncisão é “a conversão” pela fé [arrependimento e fé]. Circuncisão – Obediência = Incircuncisão /  Incircuncisão + Obediência = Circuncisão . A evidência de pertencer a aliança não é a circuncisão ou o possuir a lei, mas a obediência, que ambas esperam. Não é salvação pela obediência, mas a obediência como evidência da salvação.

CAPÍTULO 3

Paulo pressupõe que sua afirmação anterior, de que todo o legado do judaísmo não justifica o judeu, trará reações dos leitores judeus. Ultraje e indignação viriam em seus corações pois parece que Paulo ataca a base do judaísmo [o caráter de Deus e sua aliança].

Paulo para responder a esta questão ele usa um “diatribe” era um diálogo imaginário que um professor travava com seus alunos, fazendo a pergunta e respondendo. [Rm 2:1ss,17ss]. Este interlocutor pode ser um judeu na sinagoga durante a evangelização, ou um aluno que interrompia a sua aula, ou até mesmo ele, quando era um fariseu não convertido, ele debate consigo mesmo. [Fp 3]

Paulo afirmara que não havia nenhuma diferença fundamental entre os judeus e não judeus e que a lei e a circuncisão não garantia nem imunidade do julgamento e nem identidade do povo judeu.
Quais as vantagens do ser judeu, já que isto não lhe isentava do julgamento? Paulo fala de um [v.2] e alistará mais em Rm 9:4.

Rm 3:9-10

Paulo depois de sua longa argumentação vai chegar a conclusão final – Que se conclui? Os gentios são culpados [1:18-32], os  hipócritas moralistas são culpados [2:1-16] e os arrogantes judeus também [2:17-3:8]

Vemos nesta afirmação: [1] A ausência de Deus na vida do homem. Ele não busca Deus visando sua glória, não existe lugar para Deus e este não O ama com todo o seu ser! Pecado é o destronar Deus! [2] A natureza destruidora do pecado, como uma praga que infesta a vida afetando tudo no homem mente, emoções, sexualidade, consciência, vontade. Tudo  - garganta, língua, lábios, boca, pés e olhos... Usamos nossos membros para destruição! Eis aqui um resumo da depravação total [total incapacidade] de Calvino [Telip] [3] O pecado é universal

Fomos corrompidos pelo pecado em todo o nosso ser, os teólogos chamam isto de total depravação humana, isto não significa que os pecadores são sempre tão ruins quanto poderiam ser. Isto não significa que a expressão da natureza pecaminosa sempre é vívida em toda sua plenitude. Não significa que os descrentes são incapazes de atos de bondade, benevolência, boa vontade ou altruísmo. E não significa que os não-cristãos não consigam apreciar a bondade, a beleza, a honestidade, a decência e a excelência. Significa sim que nada disto possui algum mérito diante de Deus. Depravação total significa que o mal contaminou cada aspecto de nossa humanidade – nosso coração, mente, personalidade, emoções, consciência, motivações e vontade. Pecadores não-remidos são, portanto, incapazes de fazer qualquer coisa para agradar a Deus [Is 64:6]. Eles são incapazes de amar genuinamente a Deus que se revela nas Escrituras. Eles são incapazes de obedecer de coração, com motivações corretas. São incapazes de entender a verdade espiritual. São incapazes de ter fé genuína [...] significa que os pecadores não têm capacidade  de fazer o bem espiritual ou de fazer algo em prol de sua própria salvação quanto ao pecado [John Macarthur]

“Ninguém é tão mau quanto  poderia ser...nenhum dos nossos atos é tão bom quanto deveria ser” [J.I. Packer]

Rm 3:19-21 – O Papel da Lei -A palavra "aio" ou "tutor" (NVI) vem de uma palavra grega que quer dizer,  literalmente, "uma pessoa que conduz uma criança". Os aios na época de  Paulo foram servos responsáveis pela proteção dos filhos de seus    senhores, levando-os para a escola, corrigindo-os, etc. Não foram os professores, nem os pais, mas serviam para cuidar da criança. É claro que esta função foi temporária. Quando o filho chegou à maioridade, não estava mais sujeito ao aio. Em Gálatas, Paulo mostra que as pessoas que estavam sujeitas à lei de Moisés no passado não permanecem subordinadas a este "aio". Ele afirma que a lei cumpriu sua função temporária. Por isso, ela não tem o mesmo domínio depois da chegada da fé em Cristo.

Rm 3:21-31

A justificação não é o mesmo que perdão. Perdão é algo negativo, é a absolvição da penalidade ou dívida; justificação tem conotação positiva – é declarar que alguém justo e conceder o direito de desfrutar a comunhão com Deus. Perdão: Pode ir. Você está livre da pena que seu pecado merece. Justificação: Pode vir. Você é bem-vindo para desfrutar todo o meu amor e minha presença.

Justificação não é o mesmo que santificação.  Justificar é declarar ou considerar uma pessoa justa, e não torna-la justa. Para o catolicismo a justificação é o mesmo que santificação [justificação infundida]. Ela se inicia no batismo, onde se purifica o pecado recebe uma justiça nova que é infundida paulatinamente mediante obras.

1. A fonte da justificação: Deus e sua graça [v.24]. Deus toma a iniciativa do início ao fim. O Pai não relutava, antes ele planejou. O Filho não coagiu Pai. O Filho não foi coagido também. Ele se entregou voluntariamente, sob submissão do Pai. Graça é Deus amando, Deus se humilhando em nosso favor!

2. A base da justificação: Cristo e sua cruz. Sob que fundamento Deus justifica o ímpio, pois afinal Ele é justo. Como pode um Deus justo justificar um injusto sem comprometer sua justiça. [Pv 17:15] A resposta é a cruz! Sem cruz não há justificação. [v.25]. Paulo expressa a cruz em termos de:

[1] Redenção –Termo comercial emprestado dos mercados. No AT usado para compra de escravos para serem libertos [remissão]. A ideia é que o homem pecador é um escravo e que a cruz pagou o preço de sua libertação.

[2] Propiciação – Ato de aplacar a ira divina, ou tornar Deus propício. Parece ser indigno a Deus. Vem da tampa de ouro da arca da aliança que ficava no Santo dos Santos. No dia da Expiação, o sangue do sacrifício era salpicado sobre a tampa da arca [o propiciatório]. Jesus pelo seu sangue propiciou a reconciliação entre Deus e o pecador.

Por que a propiciação é necessária? Por causa da ira de Deus contra o pecado!
Quem é responsável pela propiciação? Não o homem, mas Deus. Nós não podemos, mas Deus o faz! [Jo 3:16]
Como se consegue a propiciação? Por meio da morte de Cristo em nosso lugar.

3. O meio da justificação: a fé [v.22,25,26] – Sola fide! Fé não é mérito humano [salvação é monérgica!]. Salvação não é um empreendimento cooperativo do homem com Deus, onde ela entra com a cruz e eu com a fé. O valor da fé não reside nela, mas no objeto dela, Cristo. A fé é a resposta, a mão que recebe! Portanto a salvação não é pelas obras. A justificação pela fé é a espinha dorsal do cristianismo e a antítese de toda forma de auto-salvação. É o que diferencia o cristianismo de toda as outras religiões.

Ninguém pode se gloriar diante de Deus [3:27-31]

[1] A justificação pela fé destrói a vangloria! Toda a autoconfiança é derrubada! Todo orgulho! [Ef 2:8-9]
[2] A justificação pela fé destrói as barreiras étnicas e raciais. Deus é Deus de todo o que crê! A aliança com a Abraão foi cumprida em Cristo!
[3] A justificação pela fé cumpre a lei! O AT já revelava que a justificação era pela fé [Abraão e Davi]. A lei teve um propósito no plano de salvação, era expor o pecado e condená-lo, mantendo o pecador trancafiado em sua culpa até Cristo libertá-lo pela fé. A fé não anula a lei, ante a cumpre [Rm 6-8]

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Romanos 1

Saudação, Propósito, Texto-Chave e a Ira de Deus Revelada

1. Esboço da Carta

Introdução (1.1-15)
Tema (1.16-17)
Impiedade do homem natural (1.18-3.20)
A justiça imputada (3.21-5.21)
A justiça outorgada (6-8)
A justiça vindicada (9-11)
A justiça praticada (12.1-15.13)
Conclusão (15.14-33)
Recomendação e saudações (16)

2. Quem é o Remetente?

a. Um servo de Cristo:

- Um título asqueroso para os gregos e romanos, mas nobre para os judeus antigos.
- Expressa humildade, um senso de insignificância, sem direito próprio, pertencente a Cristo.
- Um chamado para todo o cristão

b. Um apóstolo de Cristo

- Indica autoridade, privilégio e dignidade em função de ser chamado por Cristo diretamente [At 26:15-18]
- O último dos apóstolos (1 Co 15.9). Viu o Senhor ressuscitado (1 Co 9.1)
- Um chamado especial para um grupo seleto e único

c. Separado para o evangelho

- Consagrado para ser apóstolo como Jeremias o foi como profeta [Jr 1:5, Gl 1:15]
- Convertido e vocacionado simultaneamente

3. Que Evangelho é esse?

- O evangelho é de Deus, não uma invenção humana
- Prometido pelos profetas nas sagradas escrituras
- Acerca do Filho, sua Pessoa e Obra

4. Passagem Temática de Romanos

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” (Romanos 1:16-17 RA)

- Envergonhar-se do evangelho é uma tentação real para o cristão (Mc 8:38, 2 Timóteo 1.8).
- “A justiça de Deus” é a condição de justificado concedida  por Deus (Rm 10.3; Fl 3.9; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21; Romanos 5.17). Ele nos concede o status de justos
- “A justiça de Deus é a iniciativa justa tomada por Deus ao justificar os pecadores consigo mesmo, concedendo-lhes uma justiça que não lhes pertence, mas que vem do próprio Deus” [J.Stott]
- “De fé em fé” é enfático: pela fé, pela fé somente.
- O justo viverá pela fé ou aquele que pela fé é justo viverá? [Hc 2:4, Gl 3:11]

5. A impiedade do homem natural [Romanos 1.18-3.20]

- O propósito desta seção é demonstrar que não há nenhuma possibilidade do homem alcançar a justiça que procede de Deus sem o evangelho recebido por meio da fé.
- Paulo deixa bem claro que, sem importar a origem racial, a quantidade de exposição a luz da verdade, sem importar sua religiosidade e seu padrão moral, o homem é injusto perante Deus.


Escola Teológica Charles Spurgeon
Análise de Romanos
Prof. Luiz Correia – 2011.2

Plano da 3a. Aula: Capítulo 1

CAPÍTULO 1

I. SAUDAÇÃO [1-7]

- O estilo das cartas antigas é o inverso das modernas. Paulo elabora um pouco mais sobre si e sobre o evangelho.

Quem é o Remetente?

“Servo” –[escravo]. Um título honroso no VT – Moisés, Josué, Davi [Sl 116:16]. No NT, Jesus [Fp 2, Mc 10:45], a igreja [Jo 13]

“Chamado para apóstolo” – Isto foi uma escolha de Deus, não dele (Acts 9.15; Gl 1.15; Ef 3.7).  Como faz em 1Co 1.1; 2Co 1.1; Gl 1.1; Ef 1.1; Cl 1.1; 1Tm 1.1; Tito 1.1, Paulo está enfatizando sua autoridade e suas qualificações espirituais para esta igreja em que ele nunca esteve.

A Questão da Autoridade Apostólica

Que são apóstolos? Trata-se de um grupo de homens especialmente escolhidos, chamados e comissionados ou enviados por Cristo, e autorizados a ensinar em seu nome. Era  um grupo pequeno e único. Eles não se auto intitulavam e nem se auto candidatavam. É diferente de um discípulo que podia ser chamado ou se predispunha a ser. Não era um termo comum como “irmão” ou “cristão” ou “santo”. Era um termo reservado aos doze.

Quais são os requisitos do apostolo?

- Tinha que ser chamado especialmente por Jesus. Diretamente por Ele. [v.1]
 -Ter uma experiência pessoal de Cristo [Mc 3:14]. Ter andado e convivido com Ele. Matias substituto de Judas  -Iscariotes foi testemunha. Sido testemunha de sua ressurreição [At 1:22, I Co 9:1]
- Ter sido enviado por Cristo para pregar com sua autoridade.
 -Possuir uma inspiração extraordinária do Espírito Santo [Jo 14:25-26, Jo 16 a referencia primária aos apóstolos, secundariamente a nos] Poder para operar milagres. [II Co 12:12] Os milagres autenticava a mensagem.

Há um uso menos estreito [além dos doze e Paulo] que se aplica a um homem enviado, missionário. São exemplos destes Tiago, irmão do Senhor [Gl 1:19], mas é diferenciado em relação aos doze [I Co 9:5] e Barnabé [At 14:14].

Aplicações

 [1] Não deve haver sucessão apostólica, devemos ser fiéis ao ensino apostólico, sua doutrina. Mas os apóstolos não tiveram sucessores. Ninguém poderia sucedê-los. Eles foram únicos. Portanto aqueles que reivindicam serem sucessores dos apóstolos não são não possuem tais credenciais. Assim toda a reivindicação de que o papa é sucessor legítimo dos apóstolos cai por terra.
[2] Não são legítimos os apóstolos modernos. Contrários aos verdadeiros, estes tais apóstolos são pseudoapóstolos. Quem se auto intitula ou que são intitulados por meros homens. É uma prática atual. Tais títulos não podem ser mais dados uma vez que eles foram únicos. Existem termos legítimos para a liderança na igreja: Pastor, Presbítero ou Bispo. Creio que estes tais apóstolos modernos arrogam para si estes títulos por vaidade ou para não serem questionados em suas palavras.

“Separado” – Significa que ele foi separado por Deus no passado (Jr 1.5 e Gl 1.15) . Possivelmente ele fez um jogo com a palavra aramaica para “fariseu”. Eles eram separados do legalismo judaico (como o do próprio Paulo [Fp 3.5], antes de seu encontro com Jesus na estrada de Damasco), e ele agora estava separado para o evangelho.

Que Evangelho é esse?

“Para o evangelho de Deus” –“Evangelho” é uma palavra composta de “bons, boas” (eu) e “novas, notícias” (angellos).  Este é o evangelho de Deus, não de Paulo (15.16; Mc 1.14; 2Co 11.7; 1Ts 2.2,8,9; 1 Pe 4.17). Paulo não era um inovador ou adaptador cultural, mas um proclamador da verdade que ele recebeu (1Co 1.18-25).

“Que Ele antes prometeu através de Seus profetas nas santas Escrituras” – Embora Deus tenha revelado para os apóstolos, este não é uma completa novidade para eles, Deus prometera no VT pelos profetas.

Há uma continuidade do AT e NT. Jesus falou que as Escrituras testificam dele [Is 53]. Pedro cita Sl 16, em seu sermão no Pentecoste. Paulo defendia o Evangelho baseado no VT [I Co 15:3-4]. Duplo testemunho: Profetas do VT e Apóstolos do NT, sobre o que?

“acerca de Seu Filho” – A mensagem central das Boas Novas é uma pessoa, Jesus de Nazaré.

“Aqui se escancaram as portas da compreensão das Escrituras...tudo deve ser entendido em relação a Cristo” [Lutero]
“O evangelho inteiro está contido em Cristo” [Calvino]

Antítese entre dois títulos:

Filho de Davi -  Título messiânico [II Sm 2:21ss, Sl 89, Is 9:6, Mt 1, Lc 1-2] – Descende de Davi – segundo a carne, aponta para a humilhação e fraqueza antes da ressurreição.
Filho de Deus – Natureza divina [Rm 5:10, 8:3] – Jesus não foi constituído Filho de Deus na ressurreição, ele sempre foi, mas foi declarado “Filho-de-Deus-com-poder”, antes da ressurreição Filho em fraqueza e humildade, na ressurreição Filho de Deus em poder – Espírito de Santidade aponta poder e exaltação após a ressurreição [Rm 8:11, At 2:33]


O TEMA DO EVANGELHO: A JUSTIÇA DE DEUS REVELADA (1:16,17).
1.16 Não me envergonho do evangelho.  Alguns afirma que aqui é uma figura  de linguagem chamada litotes — afirmação pela negação do contrário [Não achei graça! significando “estou furioso]. O que Paulo queria dizer é que ele se gloria no Evangelho e considera alta honra proclamá-lo. No entanto Jesus advertiu essa possibilidade [Mc 8:38] Paulo advertiu o mesmo [II Tm 1:8,12, Paulo em I Co 2:3]. É portanto uma tentação real!

A mensagem do evangelho mina a justificação própria e desafia auto-indulgência [tendência para desculpar os próprios erros e defeitos; autocomplacência]. Sempre que ele é pregado com fidelidade gera oposição, desprezo nos expõe ao ridículo

1.17 A justiça de Deus se revela no evangelho.  É uma conquista divina, uma justiça que provém de Deus [Fp 3:9]. É o estado de justiça que Deus requer de nós se quisermos comparecer diante dele, propiciado através do sacrifício expiatório na cruz, que ele revela no evangelho e que concede gratuitamente a todos os que confiam em Jesus Cristo.

Está em oposição a nossa própria justiça que somos tentados a oferecer [Ils. Baiano/Humberto], ao invés de submeter-se a justiça de Deus, que é uma dádiva, ofertada mediante a fé. A justiça de Deus é a justificação justa do injusto, é a sua maneira justa de declara justo o injusto, através do qual ele demonstra sua justiça e, ao mesmo tempo, nos confere justiça.

De fé em fé. [1] Origem da Fé [da fidelidade de Deus ao homem, iniciativa de Deus, reação do homem] [2] A divulgação da fé por meio da evangelização [de um crente a outro] [3] A primazia da fé [como do principio ao fim pela fé]

O justo viverá pela fé ou aquele que pela fé é justo viverá? [vê Hc 2:4 os justos israelitas viveriam pela fé, pela humilde e confiança firme em Deus). A justificação é mediada pela fé não pela lei [Gl 3:11]. A questão não é como vive os justos, mas como os pecadores se tornam justos [Rm 1-4 –aquele que pela fé é justo / Rm 5-8 –ele viverá]. Portanto a fé é o caminho da justiça. No entanto não deixa de ser verdadeiro que aquele que é justo pela fé, vai viver pela fé. Tanto a justiça quanto a vida se dão pela fé. Começa com fé, segue pela fé [de fé em fé].

A IMPIEDADE DO HOMEM NATURAL [1:18-3:20]

Jesus declarou que não veio chamar justos, mas pecadores. Não que exista “justos”, mas que as pessoas pensam que são [não vê sua incapacidade, não admitem isto]. Acham-se “justas” e assim jamais se achegaram a Deus. Este é o grande desafio na evangelização levá-las a compreensão de seu estado pecaminoso [total depravação ou incapacidade]. Paulo fará um diagnóstico do estado espiritual do homem. Antes de apresentar a cura, deve revelar em que estado se encontra o homem em relação a Deus.
Para isto Paulo divide a raça em grupos e passa como um promotor acusá-los. Afirma inicialmente que todo o homem possui um conhecimento de Deus, mas não vive segundo esse conhecimento, antes ignoram e são rebeldes. São culpados, indesculpáveis. Ninguém pode alegar inocência, pois ninguém pode alegar ignorância. Os gentios são culpados [1:18-32]. Depois os moralistas são culpados [tantos gentios como judeus] os que possuem altos padrões éticos. Por fim os judeus são culpados [2:17-3:8], estes presunçosos que se gabam de conhecerem a lei, mas não obedecem. Por fim arremata firmemente no tribunal: Toda raça humana é culpada e indesculpável.

Ele concluirá: Todos pecaram... Ele faz a acusação e das às provas. [Deus fez um vestibular, para passar tem que tirar 10, ninguém tirou]. Todos são culpados [homens mulheres]. Estão sob a ira de Deus. Estão condenados. Esse quadro sombrio é o contrate magnifico para expor a gloriosa obra de Cristo [o único que tirou 10], o evangelho vai brilhar neste pano de fundo terrível.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

AULA DE ROMANOS - [2a. Aula - 16/08]

Escola Teológica Charles Spurgeon
Análise de Romanos
Prof. Luiz Correia – 2011.2

PLANO DA 2ª. AULA

TÓPICO 1: CRONOLOGIA DAS CARTAS PAULINAS

TÓPICO 2: A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (ATOS 20:1 - 21:16)

Paulo Vai de Éfeso até Macedônia e Grécia antes de voltar à Ásia (20:1-6)
- Paulo saiu de Éfeso e foi para Macedônia e Grécia10 (20:1-3)
- Paulo ficou sabendo de uma cilada planejada por alguns judeus, e resolveu voltar pela Macedônia para Ásia (20:3)
- As pessoas que acompanharam Paulo foram até Trôade e o esperaram lá (20:4-6)

TÓPICO 3: O PROPÓSITO DE ROMANOS

1. Em que contexto?

    - Alguns afirmam que P. escreveu um tratado, um compêndio de doutrina cristã [não tendo necessariamente um teor pastoral] Não estando preso a um contexto sócio-histórico [como Gl, I Co, I Jo]. Era como se fosse um tratamento “preventivo”, pois a doutrina é um “antisséptico” contra o falso ensino.
  - No entanto todos os documentos do NT foram escritos a partir de uma situação específica. E esse contexto deriva da situação do escritor como também dos leitores. E estes fatores conjugados dá-nos o contexto histórico para a carta.  Embora não esteja tão explicitamente dito o porquê que ele escreve [como Judas, João,etc], podemos inferir alguns motivos:

2. As Circunstâncias do Autor

Corinto durante  a 3ª. Viagem. [At 20:2s]. Ele menciona 3 lugares. Jerusalém [levar a oferta que obteve entre os gentios 15:25]. Roma [uma vez que tentou ir mais ainda não tinha conseguido [1:11S, 15:23S].  Espanha [dar continuidade ao seu trabalho missionário [Rm 15:20,24,28]

Roma é estratégico, pois se encontra entre Jerusalém e a Espanha [ver mapa]. Ali em Roma podia descansar e se preparar para a Espanha. A visita em Jerusalém e Espanha eram especiais porque expressavam seus dois compromissos constantes: o bem-estar com Israel [Jerusalém] e sua missão entre o gentios [Espanha]

Ele estava apreensivo com sua visita em Jerusalém, envolveu-se na oferta, que era mais que simples dinheiro, era símbolo de comunhão judaico-cristã no corpo de Cristo, além de um ato legítimo de amor entre os gentios para com os judeus [15:27]. Por isso pede oração [15:20, 31]. Os judeus cristãos viam P. como alguém que fora infiel a sua herança judaica, pois se tornara apostolo dos gentios e ainda mais advogava a liberdade da lei, aceitar essa oferta é ser conivente com sua política liberal.  Por isso pede o apoio dos cristãos de Roma.

Seu destino imediato é Jerusalém, mais final é Espanha. Ele se dera por satisfeito com suas investidas missionárias na Galácia, Ásia, Macedonia e Acaia [Rm 15:19b]. Então para onde olha? Rm 15:20 – Espanha! A fronteira ocidental do império [v.23]. Mas podia ir à Espanha [buscar seu chapéu...] sem passar por Roma, ou mesmo lhes comunicar seus planos. Então por que lhes escreveu? Queria sua companhia [Roma ficava a 2/3 entre Jerusalém/Espanha], por isso pede sua assistência [15:24], oração e oferta. Roma era uma base de operação para sua missão ao Ocidente, assim como Antioquia foi para sua missão no Oriente.

3. Quem Fundou a Igreja?

 - Pode ter sido alguém dos que estiveram em visita a Jerusalém no dia de Pentecostes e se converteram e retornaram para formar uma igreja (At 2.10);
 - Podem ter sido convertidos das viagens missionárias de Paulo, que foram para Roma. Paulo nunca visitou esta igreja, mas desejava fazê-lo (At 19.21), pois tinha muitos amigos lá (Rm 16).

Além de avisar que iria para em Jerusalém e pedir oração, que o ajude em sua missão a Espanha e que o acolha em Roma, o que tinha no coração ao escrever? Este é um lado, o lado do autor, mas a o lado do leitor. Sua epistola diz respeito aos crentes em Roma, especialmente se suas situações. Que situações?

4. As Circunstâncias dos Leitores

Vemos que a igreja de Roma é uma comunidade mista, gentios e judeus, com predominância para gentios [1:5,13; 11:13]. E havia, portanto, um conflito entre os dois grupos. Esse conflito não era étnico [raças e culturas], mas teológico [a função da aliança e da lei, e a salvação]. Alguns sugerem que as igrejas caseiras em 16:5, 14,15 representavam posições diferenciadas. Havia uma tensão. Os judeus-cristãos, via o cristianismo como uma parte do judaísmo, e assim viam a necessidade da obediência a lei; os cristãos gentios, defendem o evangelho livre da lei [fracos e fortes Rm 14 e 15], os fracos observavam as normas cerimoniais, viam como únicos beneficiários da promessa, opunham-se a evangelização dos gentios, a menos que fossem circuncidados e observassem a lei. Para eles Paulo é um traidor da aliança, um inimigo da lei [um antinominiano]. Os fortes [gentios] defendiam o evangelho “sem lei”, desprezavam os fracos. Assim, os judeus-cristãos se orgulhavam de sua condição privilegiada, enquanto que os cristãos-gentios de sua liberdade.

A epistola visa então pacificar esta tensão, Paulo apresenta a verdade do evangelho, visando a paz e a unidade dos cristãos. Ele tem um pé nos dois lados da questão. Ele é judeu [Rm 9:3], mas é apostolo dos gentios [11:13, 1:5 15:15]. Ele, como ninguém podia reconciliar.

Para este propósito reconciliatório da busca pela unidade sem o sacrifício da verdade ele desenvolve 2 temas de suprema importância:

1. A Justificação do Pecador Culpado, somente pela graça, somente em Cristo, somente através da fé, independentemente de obras ou status. Esta verdade é gloriosa e humilhante, niveladora, sendo a base fundamental da unidade cristã.

2. O povo de Deus é redefinido, não mais segundo a descendência, circuncisão ou cultura, mas segundo a fé em Jesus, de forma que os todos os crentes são verdadeiros filhos de Abraão, independentemente de etnia ou religiosidade. Não há distinção ente judeus e gentios, visto que ambos são culpados e ambos são justificados somente através de Cristo.

TÓPICO 4: PEDRO FOI BISPO EM ROMA?

TÓPICO 5 : JUDEUS OU GENTIOS

A igreja de Roma era composta por judeus e também por gentios. A carta é dirigida tanto a uns como aos outros. A capital do império era uma grande metrópole com mais de um milhão de habitantes. Havia grande concentração de judeus em Roma, tanto na época da expulsão deles em 49 d.C. pelo imperador Cláudio, como no tempo em que o imperador Nero incendiou Roma, em 64 d.C. Nessa ocasião, as chamas devoraram dez dos quatorze bairros de Roma.

Aula de Romanos - Escola Teológica Charles Spurgeon [Aula 1 e 2]






terça-feira, 2 de agosto de 2011

COMO A PALAVRA DE DEUS NOS TRANSFORMA

Sl 19:7-9

Introdução:

O salmo fala do ato soberano e gracioso de Deus em revelar-se. Primeiramente [1-6] Deus revelou-se na criação, por meios das coisas criadas, Deus imprimiu aspectos do seu ser. O universo presta-se a gritar: Há Deus! Todos dias e incansavelmente ele testemunha do Criador! Em um linguagem não-verbal, ele proclama, declara, testemunha. Seu testemunho é universal e acessível a todos. Devemos apreciar e observar tal revelação. A harmonia, a beleza, as leis são um testemunho patente de Deus, daí Paulo conclui que por isso os homens são indesculpáveis. Culpa a todos, mas não redime ninguém! Isto é chamado de Revelação Geral. Mas Deus foi mais longe. Descortinou-se mais e mais ainda e nos agraciou com a Palavra, sua Revelação Especial. Então ela canta...[7-11]. Ela a Palavra é viva e eficaz. Como espada pode nos penetrar e nos transformar! Diferente da revelação geral, é profunda, redentora, transformadora.

Lutero disse: “O que o pasto é para o animal, o lar para o homem, o ninho para o passarinho, os penhascos para os repteis, a água para os peixes, a escritura é para a alma dos crentes”.

Assim o alvo deste texto é: Porque a Escritura é a Palavra do Senhor, a comunicação e a revelação de Deus, ela tem vários efeitos sobre nós. Por que e como a Palavra de Deus nos transforma?

O texto é construído sob três estruturas gramaticais: [1] Os substantivos [palavra que designa as coisas] e os [2] adjetivos [palavra que qualifica as coisas] e os [3] verbos [palavra que designa ação].

I.                   A BÍBLA É PERFEITA
                   [Olhando como uma face de um diamante]

a.       Sua Identidade [O substantivo]: A lei do Senhor é o termo que designa a vontade revelada de Deus.
A Palavra é uma espécie de manual sobre o comportamento humano, se você quiser aproveitar a vida no sentido mais pleno devemos nos sujeitar ao manual. 
b.      Sua Qualidade [O adjetivo]: “perfeita” [não impecável, mas completa, integra, totalmente de conformidade com a verdade e com os fatos]. É abrangente e completa e não deixa nada de fora. Ela não carece de ser aperfeiçoada, melhorada ou recauchutada. Ela não caduca! Ela é livre de toda corrupção, sendo perfeita nada pode ser adicionado a ela e nem tirado.
c.       Sua Realização [O verbo]: [indicando o fim, a finalidade] “restaura a alma”. A alma é o ser interior, a pessoal total, o verdadeiro ser. Ela “restaura” ela reconstrói a vida ameaçada ou degradada. O pecado degrada, destrói a alma, a vida, nos afasta de Deus, desestrutura o homem. A Palavra tem o poder de revelar este quadro de miséria como a necessidade imprescindível de nos “converter” ou “retornar” ao Senhor.

Em suma a completude da Palavra carrega o poder de transformar a pessoa totalmente. I Pe afirma que fomos gerados pela Palavra. Paulo afirma em Rm 1:16 o poder transformador dela. E Hb ratifica o poder penetrador e eficaz que a Palavra tem. Nada tem tamanho poder, nem uma filosofia, possui o poder de transformar totalmente a pessoa.

Então quando alguém diz “Não estou interessado em ser transformado”. É porque ela está tão endurecida pelo pecado que não se dá conta da sua condição miserável. Se este é o caso, você não terá interesse pela Palavra.

A Bíblia é destinada para aquele que tem um sentimento de insatisfação com sua vida presente. Que desejam mudar coisas em sua vida. Que entendem que carecem de transformação, que não querem serem escravas de paixões, das circunstâncias, que querem pensar com mais clareza sobre a vida, sobre questões importantes, pessoas que anseiam mudanças e transformações. Tem alguém assim aqui? É você esta pessoa que entende sua absurda necessidade de transformação, que luta com fraquezas [lágrimas] contra o pecado? Há um consolo: A Palavra é o poder que você precisa para lhe restaurar!  Mas se você está satisfeito com o que é – a Bíblia não é para você e você não se voltará a Palavra. Se seu problema é ansiedade, culpa, um vazio na alma, medo, angustia você necessita experimentar o poder restaurador que ela possui!

II.                A BÍBLIA É FIEL [7]

a.       Sua Identidade [O substantivo]: Testemunho fala de apresentar sua própria experiência. Dar-se testemunho em tribunais, na igreja.  Aqui trata-se de Deus apresentar seu testemunho, no caso de si mesmo. Sua auto-revelação. Por que? Porque ele quer ser conhecido! Sem seu conhecimento estamos absolutamente perdidos. [I Jo 5:9 – O testemunho de Deus é mais forte, mais contundente].
b.      Sua Qualidade [O adjetivo]: “fiel” algo que além de ser firme é confirmado, verificado, atestado, comprovado, garantido. Portanto confiável! Ela passa no “teste-drive”. A Palavra é confiável [internet e correntes mentirosas] podemos dar crédito, podemos ter certeza, é palavra segura. A confiabilidade de um testemunho é derivada do caráter da pessoa.
c.       Sua realização [O verbo]: “dá sabedoria aos símplices”. A palavra hebraica traduzida aqui, como símplice, deriva-se de uma raiz que fala de uma porta aberta. O Hebraico usa imagens concretas, diferente do grego que é mais abstrato. Antigo povo judeu descrevia uma pessoa de mente simples [sentido negativo] como alguém que tinha uma cabeça semelhante a uma porta aberta: Tudo pode entrar, tudo pode sair. É uma que não sabe discernir entre o que é reter e o que é recusar. É uma pessoa ingênua, incapaz de avaliar a verdade. É o tolo [Pv 7:7, 14:15, 22:3]. Você já ouviu falar “tenho mente aberta”, ter mente aberta é sinal de ignorância.

Ils. As casas tem porta e estão fechadas, tem-se o olho mágico [câmera/voz] que nos permite avaliar quem devo entrar ou não. Não devemos abrir a porta irresponsavelmente ou mesmo dormir de porta aberta! Portando devemos usar o discernimento! Preciso saber discernir, examinar, julgar, avaliar, ponderar. E a Palavra lhe confere isto! Ela nos confere sabedoria!

A Bíblia nos faz sábio! Até mesmo os tolos! Sabedoria na visão do AT é a habilidade para viver o dia-a-dia. Então a Palavra de Deus tem o poder de transformar uma pessoa ingênua, sem instrução, sem experiência, sem habilidade e muda-la completamente, tornando-a sábia! Que promessa!

Há apenas um documento que neste mundo humano que pode transformar totalmente a pessoa interna e inteiramente para a eternidade e há somente um documento que vai realmente dar-lhe a habilidade de viver a vida ao ponto máximo de ser uma vida abençoada. É a palavra de Deus.

Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.  Sou mais prudente que os idosos, porque guardo os teus preceitos. [Sl 119:98-100]

III.             A BÍBLIA É RETA

a.       Sua Identidade [O substantivo]: Preceitos do Senhor – indica que ela é aplicável aos pequenos detalhes da vida. A ênfase aqui é que ela possui princípios, doutrinas para serem cridas.
b.      Sua Qualidade [O adjetivo]: Reto – Aquilo que é moralmente direito, certo. Conduz-nos ao caminho certo [Sl 119 – Lâmpada...].  Ela é o caminho, a maneira certa de ser andar! E o que ocorre quando estou neste caminho?
c.       Sua Realização [O verbo]: Alegra o coração. A Palavra é o caminho da alegria! [Cl 3:16], Jr 15:16

A maior alegria que podemos ter na vida, é fruto de estarmos fazendo aquilo que agrada a Deus! É uma benção buscar o caminho de Deus, dá alegria! Deus, por sua Palavra, confere satisfação, gozo, mesmo em meio as dificuldades, podemos experimentar. Mesmo a tristeza é uma fonte de alegria [Ils. Testemunho de lutas pastorais e como Deus cuidou de mim em meio a tudo]. Um parto traz dor e alegria.

A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.[Jo 16:21-22]

Não há ninguém no universo que não deseje alegria, paz, sentido e propósito para a vida. Creia ouvir e obedecer a Palavra lhe dará alegria.

Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam![ Lc 11:28]

Deus abençoa a fidelidade e a obediência. Deus oferece o caminho da felicidade. Deus não é um estraga-prazer que viver espreitando nossa vida dizendo não faça isto. Que faz chover no piquenique sonhado. Não! Ele como criador sabe como nós devemos funcionar e o que nos fará feliz em nossa vida. Sua alegria está além do pecado! Está em adorá-lo, amá-lo e obedecê-lo!

IV.              A BÍBLIA É PURA

a.       Sua Identidade [O substantivo]: Mandamento – indica a maneira precisa e autoritativa de Deus de se dirigir a nós. Sua autoridade em nos governar! São seus comandos! A Bíblia não é um livro de sugestões, de boas ideias, boas dicas. São mandamentos do Deus soberano! É nos ordenado a crer!
b.      Sua Qualidade [O adjetivo]: Puro – sem contaminação, sem impureza [Sl 12:6, ver 1-4]. Qual o efeito?
c.       Sua Realização [O verbo]: Ilumina os olhos. Lança luz! Traz compreensão! Os mandamentos são claros, não incompreensíveis! [Hb 5:11]

O cristão mais simples entende coisas que muitos estudiosos não compreendem. Ela me permite ter uma percepção da realidade que nem mesmo o mais profundo intelectual ou filósofo consegue possuir. Ela ilumina principalmente em questões obscuras da vida – a morte, a dor, o sofrimento, a esperança. Imagine um filosofo sendo convidado para confortar uma mulher que está com câncer ou uma mulher que perdeu seu filho. Que esperança ele pode oferecer? Como iluminar, senão pela palavra de Deus, aspectos da vida tão obscuros!

V.                 A BÍBLIA É LIMPIDA

a.       Sua Identidade [O substantivo]: O temor do Senhor [reverência, admiração, adoração]  revela a resposta humana esperada. É a orientação para adorá-lo, relacionar-se com Ele. Ela define adoração e os parâmetros que regem a adoração verdadeira. A Bíblia é manual da adoração! Eis o alvo maior de nossa existência.
b.      Sua Qualidade [O adjetivo]: límpido e permanece para sempre

Ela é isenta do mal, não foi manchada ou maculada pelo pecado. Ela descreve e revela o mal, mas não é tocada por ele. Ela sempre permanece atualizada, não precisa ser revista ou editada, não se torna obsoleta . Tanto na tecnologia [TV, Celular, Carros, Programa são coisas que rapidamente se desatualiza, que envelhece que caduca, que sai da moda] como nas ciências humana os tratados e as asseverações são ultrapassas [Psicologia e os 4 temperamentos], os métodos e as abordagens se reciclam pois são ultrapassados ou substituídos por um outro pensamento, mas a Palavra não. Mas a Palavra permanece atual, imutável e relevante.

VI.              A BÍBLIA É VERDADEIRA

a.       Sua Identidade [O substantivo]: Os juízos do Senhor, aponta Deus como um juiz, que dá veredito. 
b.      Sua Qualidade [O adjetivo]: São verdadeiros e justos!

Em um mundo de mentiras e ilusões, há verdade. A frase, "eles são inteiramente justos," pode ser traduzido - que produz a justiça abrangente. Ela é verdade e seu produto é justiça completa. 
  
Conclusão:

As Escrituras é a lei, o testemunho, os preceitos, os mandamentos, temor e os juízos de Deus. É perfeita, completa, certa, pura, clara e verdadeira, tem o poder de transformar totalmente uma pessoa interiormente confere discernimento e sabedoria, produz uma alegria, ilumina a mente obscura e dura para sempre. Duas implicações finais:

1.  As Escrituras são a Palavra do Senhor, e por isso elas têm efeitos que são melhores para nós do que qualquer outra coisa que você pode ler, assistir ou escutar também. Jornais, revistas, romances, livros didáticos, livros de psicologia ou teologia, televisão, rádio, nada pode ter os efeitos positivos sobre nós do que as Escrituras, porque essas coisas são sempre a palavra do homem, mas as Escrituras são a Palavra de Deus.

Deus te entende melhor do que ninguém. Ele conhece você mais do que qualquer pessoa. Deus compreende a sociedade e os grupos perfeitamente. Deus conhece todos os fatos sobre como o mundo funciona. Deus conhece o futuro. Deus é mais sábio do que qualquer escritor sábio. Deus é mais amigo do que qualquer conselheiro. Deus é mais criativo do que qualquer poeta ou artista. O que Ele Deus diz que será mais útil para nós do que aquilo que mais ninguém no universo tem a dizer. Não se sentar em seus pés e mergulhar as nossas mentes na sua Palavra é loucura e insensatez.

2. Diante das qualidades da Palavra Davi afirma seu imenso valor v. 10, 11. Se você tem uma escolha entre a Palavra de Deus e ouro, escolha a Palavra de Deus. Se você tem uma escolha entre a Palavra de Deus e muito ouro, escolha a Palavra de Deus. Se você tem a escolha entre a Palavra de Deus e muito ouro fino, escolha a Palavra de Deus. A questão é simples. Os benefícios do saber e fazer da Palavra de Deus é maior que tudo que o dinheiro pode comprar.