Escola Charles Spurgeon
Prof. Luiz Correia
Introdução ao VT
Plano de Aula 5
05 | 27/03 | Os Históricos: Reis e Crônicas | Panorama do AT – cap. 7-12 Conheça Melhor o AT – pg. 103-142 Entenda o AT – pg. 71-104 |
I e II REIS
1. Fatos Interessantes sobre os livros:
a. O título deriva das primeiras palavras no hebraico “Sendo rei”
b. Na bíblia hebraica é um só livro
c. Os livros cobrem um período que vai do reinado de Salomão, até o cativeiro de Zedequias, último rei de Judá, ou da fundação do Templo por Salomão até sua destruição por Nabucodonosor.
2. Propósito
[1] Um literário – Quer completar a história de Davi, se inicia em II Samuel, terminando com a compra de um terreno para o Templo, I Reis inicia-se com Salomão preparando a construção do Templo e II Reis continua a história até a sua destruição.
[2] Um religioso – Quer conectar que o cativeiro em 586 a.C foi fruto da quebra da aliança, lembrar do principio básico que nela foi estabelecida: Obediência gera bênção; desobediência gera maldição.
3. Esboço
I. Um Reino Destituído [I Rs 1-11]
II. Um Reino Dividido [I Rs 12 – II Rs 17]
III. Um Reino em Declínio [II Rs 18-25]
4. Conteúdo
1. O Reinado de Salomão
a. A Grandeza de Salomão [I Rs 1-11]
- Paz e prosperidade descreve o período áureo do reinado de Salomão. Esse quadro é fruto dos esforços militares de Davi que unificou a nação, tornando Israel uma potência mundial. Seu reinado durou 40 anos.
b. O Templo de Salomão [I Rs 5-8]
Seu templo foi uma obra de arte e esplendor, que Davi sonhou construir, mas foi Salomão que executou. Calcula-se que em valores de hoje o templo custaria 87 bilhões de dólares [segundo a Sociedade dos Arquitetos de Illinois]. Templos posteriores foram maiores, mas não tão suntuosos.
c. A Sabedoria de Salomão
Ao receber o reinado de seu pai, Davi, Salomão com então 20 anos de idade sente o peso e pediu sabedoria a Deus para liderar o seu povo, o que foi prontamente atendido por Deus, que também lhe concedeu riqueza e honras. Essa sabedoria é exemplificada no relato de I Rs 3:16-28 que trata da solução de quem era a mãe do menino que tinha sobrevivido. Sua sabedoria causou admiração a muitos, espalhando-se pelo mundo a fora como também gerou os livros de Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
d. A Queda de Salomão
Um aspecto triste e trágico é a queda moral e espiritual de Salomão [I Rs 11] , o homem que foi tão abençoado em sabedoria, poder e riqueza, que alcançou fama internacional terminou sua vida em fracasso. Salomão abandonou a devoção pura a Deus. Suas múltiplas esposas e concubinas foram-lhe um laço que o levou a permitir a idolatria contra o culto verdadeiro ao verdadeiro Deus. [Dt 17:17].
Enquanto Salomão estava vivo constrói-se o cenário para o rompimento da unidade nacional. Por causa da desobediência, o reino foi dividido em 931 a.C [I Rs 11:9-43]. Por causa de Davi o julgamento foi adiado até a morte de Salomão.
2. O Reino do Norte: Israel [Capital Samaria]
Ao norte 10 tribos se rebelaram contra a dinastia de Davi, que reinava em Jerusalém e estabeleceram um reino sob a liderança de Jeroboão [I Rs 12 – II Rs 17]. Outro nome dado para este reino é Efraim [Is 7; Os]. O reino do Norte durou cerca de 2 sec. [931-722 a.C]
a. Os reis do Norte
Jeroboão, Baasa, Jeú, Elá, Onri, Acabe [Jezabel], Acazias, Jorão, Jeú, Jeocaz, Jeoás, Jeroboão II, Manaém e Pecaías, Peca e Oséias.
b. Os profetas Elias e Eliseu
Elias apareceu em Israel com seus poderes miraculosos, combatendo repentinamente o culto a Baal instituído por Acabe e Jezabel. Depois de uma seca que durou três anos e meio, desafiou os adeptos de Baal e supervisionou a execução dos profetas de Jezabel. Temeu a reação dela, mas Deus o tratou e o restaurou. Seu último feito foi ungir Eliseu, seu sucessor. O ministério de Eliseu foi maior e mais amplo como Elias trouxe denúncia da idolatria desafiando reis que seguiam a Baal. Operou maiores milagres que Elias. Um fato memorável foi a cura de Naamã de sua lepra. Foi reconhecido como “homem de Deus” além das fronteiras de Israel. Seu último foi ungir Jeú para destruir a casa de Acabe e todo o sistema de adoração a Baal em Israel.
3. O Reino do Sul: Judá [Capital Jerusalém]
Após a morte de Salomão apenas duas tribos ficaram fiéis a dinastia de Davi, em Jerusalém: Judá e Benjamim. O reino do Sul, ou Judá, preservou seu governo por cerca de 3 séculos e meio [931 -586 a.C] Vinte reis comandaram Judá durante este período. O reino do Sul caiu sob o poder da Babilônia em 586 a.C.
a. Os reis do Sul
Roboão, Abias, Asa, Josafá, Jeorão ou Jorão, Acazias, Atália, Joás, Amazias, Uzia ou Azarias, Jotão, Acaz
Ezequias, Manasses, Amom, Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias. Sendo que destes somente 8 foram tementes aos Senhor.
Reis que merecem destaque:
Josafá – Reinou por 25 anos, construindo um dos períodos mais estimulantes e fervoráveis para Judá. Durante seu reinado estimulou o ensino da lei, manteve a paz com outros povos, construiu fortalezas e cidades-celeiros. Sob ameaça de guerra pelos edomitas e moabitas proclamou um jejum e orou pelo seu povo [II Cr 20:12]
Ezequias – Iniciou uma reforma, chamou os levitas e assim reparou e purificou o Templo para a adoração. Celebrou a Páscoa, destruiu a serpente de bronze feita por Moisés [Nm 21:4-9], construiu aquedutos e enfrentou o rei da Assíria, Senaqueribe, mas confiante no Senhor e sob a profecia de Isaías, obteve vitória. Foi sepultado com honra.
Josias – Começou a reinar com 8 anos, aos 16 anos começou a buscar o Senhor de todo o coração. Fez uma grande reforma religiosa, recuperou o Livro da Lei, celebrou a Páscoa.
4. Características deste período:
a. Hostilidade entre as duas nações divididas, reino de Israel e reino do Sul.
b. Período de grande apostasia religiosa, principalmente idolatria.
c. Neste período houve grandes reformas e avivamentos espirituais.
c. Um período de intensos milagres sobre a liderança de Elias e Eliseu e juízos divinos.
5. Lições deste Período
a. Ambição egoísta afeta os outros –
De Salomão passando por vários outros reis, vemos o fracasso em função da ambição e materialismo. Acordos com nações vizinhas corromperam a fé em Deus, trazendo tristes consequências morais, sociais e espirituais a nação.
b. Conduta ímpia corrompe os outros –
Jeroboão ilustra tal verdade. Ele corrompeu uma com suas práticas idolatras e imorais. [I Rs 14:16, 15:26, 30, 34; 16:2,3,26;21:22 e II Rs 3:3; 10:31;13:6,11;14:24;15:9,18,24,28;21:11,16]. Quando um rei peca e leva o seu povo a extraviar-se.
c. Testemunho corajoso inspira outros
Há líderes notáveis no meio dessas trevas de idolatria e imoralidade. Deus levanta profetas com coragem e temor.
d. Santidade pessoal enriquece a outros
Se o comportamento profano corrompe; o comportamento santo inspira e enriquece. Se vivemos de tal forma que glorificamos a Deus, outras pessoas serão ajudadas. Reis como Josafá e Josias revelam isto.