Escola Teológica Charles Spurgeon
Prof. Luiz Correia
Plano de Aula
Romanos 8
- Capítulo do Espírito Santo [19x entre 1-27]. O contraste apresentado é entre a fragilidade da lei e o poder do Espírito. O pecado que habita em nós torna a lei incapaz de nos ajudar em nossa luta, a resposta é o Poder do Espírito Santo. [8:2] Ele é também a garantia da nossa ressurreição e glorificação [v.11,17,23]. A vida cristã consiste em uma vida no Espírito [animada, sustentada, orientada e enriquecida]. Sem o Espírito Santo a vida cristã é impossível.
- Este tema está vinculado com outros, especialmente a da segurança do cristão. O Espírito é a marca dos que são de Cristo. E o testemunho dEle é que nos garante que somos filhos de Deus. [15-17]
1. A Habitação do Espírito – A base da Santificação
a. A Libertação do Espírito [1-4]
- “Portanto” [v.1] Conclusivo da seção do capítulo 5, sobre a salvação por meio da morte e ressurreição de Cristo.
- O texto abre com uma benção que é a justificação [v.1] [ver Rm 5:1]. Nosso pecado foi satisfeito em Cristo. Nossa justificação está assegurada [v.33,34].
- Fomos libertados, logo não há condenação. [v.2]. De que? da lei do pecado e da morte. Refere-se a lei de Deus [Rm 7], lei que revela, provoca e condena o pecado [7:7-9] e produz a morte [7:13]. Logo, não estamos mais debaixo dela, não dependemos dela para nossa justificação e santificação.
- E como fomos libertos? Pela lei do Espírito de Vida ou o evangelho [Rm 1:16]
- A lei não podia nem justificar e nem santificar, pois estava enfraquecida [3-4]. Ela era impotente por causa da carne. Então Deus o fez. Como? Para nossa justificação enviou Seu Filho [v.3] para nossa santificação enviou o Espírito Santo para habitar em nós que nos capacita a cumprir a lei [v.4]
- A trindade na salvação – O pai envia o Filho e Espírito – O Filho morre – e Espirito é enviado pelo Pai e Pelo Filho para em nós habitar. Quem é o salvador? O Pai, O Filho e o Espírito [I Pe 1:2]
b. A mente do Espírito [5-8]
- A obediência à lei só é possível para aqueles que andam no Espírito e não na carne.
- Carne aqui se refere a nossa natureza humana caída e egocêntrica. Espírito refere-se ao Espírito Santo. [Gl 5:16ss]. Os que se inclinam para a carne e os que se inclinam para o Espírito. É a sua natureza que determinam a sua inclinação.
- Essa inclinação tem consequências eternas [v.6]. Os que são dominados pela carne já são voltados para a morte espiritual e leva para a morte eterna; os do Espirito geram vida e paz. São vivos para Deus [Sl 42:1, 63:1] e paz [Rm 5:1]. A busca da santidade, de andar no Espírito é o caminho da vida e paz.
c. Habitados pelo Espírito [9-11]
- O que identifica o verdadeiro cristão se ele é ou não habitado pelo Espírito, os filhos de Adão são habitados pelo pecado, mas os filhos de Deus são habitados pelo Espírito, que vai combater e subjugar o pecado. Todo o cristão verdadeiro é habitado pelo Espírito [Concepção falaciosa do Batismo no Espírito Santo como segunda benção] [I Co 6:19] A benção do Espírito santo é a benção de caráter inicial e universal [Gl 3:2] recebida mediante o arrependimento e fé provinda da pregação do Evangelho.
- A manifestação deste Espírito pós-conversão é flutuante e variável [cheio, entristecer, apagar], mas nunca é retirada ou perdida.
- Quais as consequências de ser habitado pelo Espírito? [10-11]:
[1] Vida, em contraste com a nossa mortalidade herdada pelo nosso pai Adão, e Vida por causa de Cristo. Sendo que o destino final é a ressurreição [v.11], eles ainda não foram redimidos, mas serão. Por que tal certeza? Porque o Espírito habita em nós!
[2] Dívida é a segunda consequência da habitação do Espírito [v.12]. Paulo falou da dívida de compartilhar o evangelho a outros [Rm 1:14] aqui refere-se a uma vida justa, devemos viver de acordo com os desejos do Espírito Santo.
2. Adoção – Testificada pelo Espírito [12-17]
Todos são filhos de Deus?
A nossa filiação com Deus é grande motivo para nossa obediência a Ele.[12-14]
A nossa filiação também nos faz obedecer à vontade de Deus num relacionamento mais estreito e pessoal do que a de um servo ou de um devoto. [15]. Ele substitui o medo pela liberdade em nosso relacionamento com Deus.
O relacionamento de filiação se desenvolve pelo testemunho do Espírito. [16]
A nossa glorificação se torna possível por causa da nossa filiação.[17]
3. Glorificação – [18-25]
Paulo passa do ministério do Espírito Santo no presente, para a glória futura dos filhos de Deus. Sofrimento e glória domina a seção. Tanto da criação como dos filhos de Deus.
a. Sofrimento e glória são companheiras inseparáveis. Vista em Cristo e na vida do seu povo [v.17]
b. Sofrimento e glória caracterizam as duas eras, a presente e a futura [v.18]
c. Sofrimento e glória são incomparáveis [II Co 4:7] As glórias eternas há de sobrepujar em muito o incomodo de nossos sofrimentos.
d. Sofrimento e glória tem a ver tanto com a criação de Deus como com os filhos de Deus [20-25]. A criação que compartilhou da maldição há de ser redimida [os pássaros cantam em tom de tristeza]. Expectativa significa cabeça erguida esperando algo atenciosamente [Fp 1:16], na ponta dos pés e com pescoço esticado inclinado para frente para poder ver. Ao ver a revelação dos filhos de Deus a criação será redimida.
4. Oração [26-27]
O Espírito nos capacita a orar de modo conveniente.
O Espírito não só nos sustenta na nossa esperança cristã como nos ajuda na nossa fraqueza. Ele opera quando oramos. Cristo é nosso intercessor [nas cortes celestiais] e o Espírito nos corações.
Gemidos inexprimíveis [grandes gemidos que as palavras não podem explicar, sem palavras. E por que não sabemos orar? Oro por libertação do sofrimento ou por forças para suportá-lo? O Espirito é o tradutor de nossos anseios.
A comunicação entre Deus e o Espírito pode não ser expressa em palavras.
O Espírito intercede por nós segundo a vontade de Deus.
5. O Propósito e o Processo da Experiência Cristã
Cinco convicções inabaláveis [28]
1. Deus age em nossas vidas
2. Deus age para o bem do Seu povo; [o que é o bem?]
3. Deus age para o nosso bem em todas as coisas
4. Deus age para o bem daqueles que amam o amam.
5. Os que amam a Deus são aqueles que foram chamados segundo o seu propósito
O amor que sentem por Deus é um sinal de que foram amados primeiros [I Jo 4:19]
Deus tem um propósito salvífico e age de acordo com esse propósito. A vida não é uma confusão desenfreada que as vezes parece. As vezes não aceitamos as ações de Deus. José diria amém! Pois foi essa sua convicção e teologia [Gn 50:20]
Cinco afirmações Incontestáveis [29-30]
1. Deus de antemão conheceu
Não é que Deus previu quem iria crer. Não é isto, pois Deus conhece todos de antemão, não só os eleitos, segundo se Deus predestina as pessoas porque haveriam de crer, então a salvação depende dos seus próprios méritos e não da misericórdia divina. Conhecer implica em relacionamento pessoal, cuidado e afeição [nunca vos conheci, Sl 1:6], ou seja, conhecer a amor soberano. [Dt 7:7] A fonte de eleição e predestinação divina é o amor divino, soberano e gracioso.
2. Deus predestinou
Deus nos escolhe soberanamente, não negamos nossa “decisão”, mas esta é uma resposta. É um grande e poderoso ensino da Palavra. [At 13:48, Jo 6:56, 5:40. Elas não vão a Jesus porque não podem e não querem.
Essa doutrina gera humildade, segurança e gratidão! Ele gera convicção ao pregador [At 18:9-10]
3. Deus chamou
O chamado é a aplicação histórica do chamado. É irresistível. Este chamado vem pelo evangelho. É a convicção divina que levanta os mortos.
4. Deus justificou
5. Deus glorificou
Faltou santificação, está implícito [Rm 8:29, semelhantes a Jesus]. E justificou está no passado [aoristo] [certeza e convicção plena]
Cinco Perguntas Sem Respostas:
1. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (v. 31).
2. “Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com Ele, e de graça, todas as coisas?” (v. 32).
3. “Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica” (v. 33).
4. “Quem os condenará? Foi Cristo Jesus quem morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós” (v. 34).
5. “Quem nos separará do amor de Cristo?” (v. 35).
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