terça-feira, 8 de novembro de 2011

Escola Teológica Charles Spurgeon
Prof. Luiz Correia
Plano de Aula 
Romanos 13-16


Romanos 13
A relação entre o Cristo e Estado.

·         O cristão deve submissão ao Estado [v.1]
·         A autoridade do Estado provém de Deus [1,2], logo é uma instituição divina.
·         A submissão do cristão não é absoluta; nem a autoridade do Estado é suprema.

- Nossa sujeição não é absoluta, há limites. O limite é toda vez que uma autoridade queira usurpar a autoridade divina [proibir o que Deus ordena ou ordenar o que Deus proíbe], nosso dever é resistir, não sujeitar-se.
- Há vários exemplos deste caso [desobediência civil ou protesto civil]: Os apóstolos [At 5:29, 4:18], as parteiras hebreias [Ex 1:17], os amigos de Daniel [Dn 3], Daniel [Dn 6]

·         “O evangelho é tão inimigo da tirania quanto da anarquia” [Charles Hodge]

- Paulo não ensina que Deus é responsável pelo comportamento de todo o tirano ou déspota e que nunca devemos resistir às autoridades constituídas. Deus confere a autoridade [como confere aos pais] as autoridades podem ou não usá-la corretamente. [Jo 19:11]

·         O ministério do Estado: promover e recompensar o bem e impedir e punir o mal [4-7]

- O ideal divino é que as autoridades promovam o bem e puna o mal nem sempre é uma realidade.

·         O Cristão e a Pena Capital

- O Estado deve usar força mínima necessária para coibir o mal. E até mesmo a espada [v.4, veja Rm 8:35] indicando execução, parece claro que Paulo endossa a pena capital. A espada simbolizava o poder da vida e dar morte que detinha os magistrados. [Gn 9:6].

Romanos 14

      Somos exortados em Romanos a colocar o amor fraternal à frente da nossa liberdade cristã.
      Este princípio nos proíbe de ...
     Julgar nossos irmãos em questões menos definidas pelas Escrituras, ou seja, questões que não dizem respeito à moralidade e à doutrina (14.10-12);
     Servir de pedra de tropeço para o irmão (14.13-15).
      Ao invés disso, somos advertidos a acolher os cristãos que têm menor maturidade para lidar com os assuntos mais complexos da fé (14.1-3);
      As questões levantadas pelo capítulo 14 são tratadas em outras partes do NT, demonstrando que as regras seguidas pelos débeis não eram mais obrigatórias (1 Coríntios 8, 10; Gálatas 4.10-11; Colossenses 2.16-17);
      Apesar disso, Paulo exorta que os cristãos mais maduros e que já têm estas questões bem resolvidas em suas mentes não persigam os menos maduros;
      Somos exortados também a ter firmes e abalizadas opiniões, submetendo-nos a elas (14.22-23).

Romanos 16

Dentre as 26 pessoas saudadas por Paulo, nove são mulheres: Priscila [3] Maria [6], Junias [mulher?], Trifena e Trifosa [irmãs gêmeas?], Perside [12], a mãe de Rufo [13], Júlia [15]. Ele menciona  4 delas como “trabalhando arduamente”.

Febe [1,2]

 É provável que Febe tenha recebido a missão de levar a carta. Paulo chama-a de irmã [não é pouca coisa], de serva [diaconisa] – A palavra aqui pode ter um sentido amplo, não necessariamente técnico ou oficial como uma oficial da igreja ao lado do pastor/presbítero [Fp 1:1,I Tm 3:8,12]. A palavra não denota supervisão ou tomar conta de algo, como função pastoral. Ao que tudo indica ela era uma mulher de posse que assim auxiliava a igreja e o apóstolo.

Priscila [3]

O nome dela vem sempre antes do marido [At 18:18, 26:2. II Tm 4:19]. Talvez seja ela mais espiritual [madura], ou se convertido antes que o marido, ou fosse mais ativa no serviço cristão, ou uma lidera na comunidade, ou possuidora de um temperamento forte [dominante], Paulo reconhece e não critica sua liderança.

Junias

No original não se pode definir o gênero, ou seja, se o personagem é homem ou mulher. A maioria dos comentaristas defende que é mulher, sendo estes um casal. Paulo diz que estes são seus parentes [judeus], companheiros de prisão, converteram-se antes dele, e são notáveis entre os apóstolos. Duas possíveis interpretações:

[1] Apóstolos da igreja – Não no sentido dos doze, aqui o sentido mais amplo, mas no sentido de “missionário” [Fp 2:25, At 13:1]. Então o casal era missionário.
[2] Apóstolos de Jesus – No sentido dos doze, então o casal era “destacados aos olhos dos apóstolos” ou “altamente estimados pelos apóstolos”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário