terça-feira, 1 de novembro de 2011

Escola Teológica Charles Spurgeon
Prof. Luiz Correia
Plano de Aula

Romanos 11

Paulo inicia Rm 9-11 apresentado o paradoxo da situação de Israel, tendo privilégios permaneceu incrédulos, e isto se deveu não por injustiça divina, mas decorrente da eleição aliado a sua responsabilidade [10:21]. Agora Paulo tratará das implicações da desobediência de Israel.

O capítulo é construído sobre duas perguntas:

1. Deus rejeitou seu povo? [v.1]

Era esperado que Ele assim fizesse, pois estes o rejeitaram. Deus não rejeitou. Eles não são a nação abandonada que aparentam ser. Sua rejeição é parcial, atualmente há um remanescente fiel [1-10]

2. Tropeçaram para que ficasse? [11]

A queda de Israel, longe de ser o fim, será apenas temporária. Até sua transgressão já resultou em bênçãos inesperadas e a providência de Deus haverá de ocasionar muitas outras [12-32]

Em suma a rejeição de Israel não é total e nem definitiva! No presente há um remanescente e no futuro, uma restauração de Israel que reverterá em benção para o mundo.

Tópico 1: Deus não rejeitou seu povo [1-11] [Slides 1-2]

Tópico 2: Razões da não rejeição de Deus para com Israel no tempo presente [Slides 3-5]

Provas

Prova Pessoal [1]: Paulo era israelita e era salvo.
O apóstolo utiliza a expressão “da descendência de Abraão” no sentido biológico e racial;
Paulo tinha pureza de origem israelita a ponto de traçar a própria genealogia (Filipenses 3.5).
Prova Teológica [1]: Havia outros israelitas que Deus tinha conhecido de antemão (11.2; 8.29).
Prova Bíblica [2]: Deus reservou pessoas dentre seu povo que permaneceram fiéis como nos dias de Elias (11:2-4).
Prova Contemporânea [5]: A promessa de um remanescente se cumpre nos crentes judeus (Isaías 10.20-23; Romanos 9.27-28; 11.5).
O pecado e obstinação de Israel não podem anular a graça salvadora;
O legalismo não pode deter a soberania da eleição restrita.

Conclusão: [7-10] [Slide 6]

Israel como nação procurou a sua justiça do seu modo [9:31], não conseguiu, mas os eleitos o obtiveram, os justificados pela fé. Os demais foram endurecidos [v.7]. Deus os endureceu [v.8]. Tal como o endurecimento de Faraó, refletindo um processo judicial pelo qual Deus entrega o povo a sua própria obstinação.

O endurecimento de Israel não era um desvio dos propósitos de Deus, mas parte do seu plano.
Deus endureceu os israelitas;
O endurecimento de Israel consistiu na incapacidade de entender espiritualmente a palavra proclamada pelos profetas.

Paulo faz duas citações do AT sobre cegueira espiritual a primeira do v.8 [Dt 29:4, Is 29:10]  onde os israelitas estão insensíveis espiritualmente e isto é um juízo divino ao mesmo tempo é uma obstinação do coração pecaminoso. [Citação de C.S. Lewis – Dois tipos de pessoas...]. A segunda é Sl 69 onde uma vitima de hostilidade gratuita ora a Deus para que Ele o defenda e que o julgamento divino caia sobre estes. Aqui Israel é o perseguidor devido sua rejeição a Cristo.

Tópico 3: Riqueza para o mundo [11.11-12]

O endurecimento de Israel trouxe um benefício para os não-judeus: a expansão do evangelho para outros povos.
O propósito do endurecimento de Israel não é a queda definitiva do povo escolhido, mas a salvação dos gentios com a certeza da restauração plena do povo de Jacó.
Os gentios devem aguardar a plenitude dos judeus, porque está sincronizada com a glorificação de todos os povos.


Tópicos 4: Aos Galhos Enxertados [11.13-24]

Paulo enfatiza seu ministério entre os gentios, levantando a possibilidade de judeus serem também atingidos (11.13-14,25).
A restauração de Israel traz benefícios aos gentios (11.15-16).
A atual primazia da graça salvadora sobre os gentios não pode ser motivo de vanglória:
Deus é que sustenta os salvos;
O sustento de Deus deve ser motivo de temor;
Deus rejeitou com severidade a Israel e pode rejeitar os gentios severamente.
Deus salvou os gentios que viviam sem nenhuma luz, Deus pode salvar os israelitas que vivem incrédulos, apesar de toda luz que receberam.
Paulo não está tratando de uma perda de salvação individual, mas de uma perda de privilégios dados pela graça salvadora no contraste entre Israel e os povos.
Apesar disso, a perseverança dos salvos é algo requerido nas Escrituras de todos os salvos individualmente e é descrita como conseqüência natural do recebimento de uma nova vida. [ils. Da mão..]
Deus garante a perseverança dos salvos, isto é, Deus preserva o crente em santificação. Um dos meios que Deus utiliza é a forte exortação dada pela Escritura, deixando claras suas exigências e seu rigor.
O cristão autêntico atenderá estas exigências por temor amoroso e fé irrestrita nas promessas de juízo e de recompensa contidas na Escritura.

Tópico 5: O Processo Redentivo

Deus escolheu Israel
Israel rejeitou Deus
Deus puniu Israel
Israel persegue os gentios salvos
Deus salvou os gentios
Deus salvou um restante
Deus salva Israel
Deus glorifica os gentios

Tópico 6: Todo o Israel será Salvo [11:25-26]

Israel: Israel étnico
Todo: Grande massa do povo judeu
Salvo:  Do pecado, pela fé em Cristo

Tópico 7: Doxologia Intermediária [11.33-36]

A sabedoria e o conhecimento de Deus são profundamente ricos. Seus juízos são infinitos. Seu conhecimento não foi adquirido.
Deus é a origem - tudo que existe veio dEle.
Deus é o meio – todas as coisas existem pela provisão divina.
Deus é o fim [alvo] – todas as coisas existem para Ele

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